Rombo de R$ 41,3 bilhões assola Governo no 1º semestre de 2023
Durante o primeiro semestre de 2023, o governo federal terminou o período com um déficit nas contas públicas. Esse déficit primário foi de aproximadamente R$ 42,5 bilhões ou R$ 41,26 bilhões quando ajustados pela liberdade.
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Essas informações foram divulgadas pelo Tesouro Nacional na última quinta-feira (27). Saiba mais!
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Governo anuncia rombo bilionário
O resultado das contas públicas nos primeiros meses deste ano é o pior desde 2021, quando o déficit foi de R$ 60 bilhões. Em relação aos últimos 12 meses, o déficit correspondeu a 0,41% do Produto Interno Bruto (PIB), o que equivale a cerca de R$ 41,5 bilhões.
Os economistas consultados pelo Poder360 previam um déficit de mais de R$ 45 bilhões em junho. No entanto, o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, afirmou nesta quinta-feira, 27 de julho de 2023, que não houve uma queda estrutural nas contas públicas.
Queda brutal do IGP-M [índice conhecido como inflação do aluguel em 2023 afeta a base da arrecadação em termos nominais. Apreciação do real é saudável, mas também gera redução na projeção de receita. Ainda consideramos viável deficit próximo de R$ 100 bilhões em 2023, informou Ceron.
O secretário explicou que o resultado foi afetado pelas desonerações ocorridas em 2022. Apesar de o Ministério da Fazenda ter adotado medidas para recuperar as receitas que foram desoneradas, é necessário aceitar os prazos para que essas medidas surtam efeito.
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Além disso, ele mencionou que as receitas provenientes da reoneração de combustíveis ainda não foram construídas na caixa do governo e que isso deve impactar positivamente o resultado no segundo semestre.
O saldo primário é obtido ao subtrair a receita (gerada pela arrecadação de impostos) das despesas do governo, sem levar em conta os pagamentos de juros da dívida.
De acordo com o órgão responsável, o rombo acumulado no período foi causado por um superávit de R$ 122,5 bilhões do Tesouro Nacional e do Banco Central, mas também por um déficit de R$ 165 bilhões na Previdência Social.
A receita líquida teve uma redução de 5,3% (equivalente a R$ 52,8 bilhões a menos) de janeiro a maio. No mesmo período, a receita total teve uma queda de R$ 62,5 bilhões.
Por outro lado, as despesas totais aumentaram em 5,1%, o que corresponde a R$ 47,5 bilhões a mais. Em relação ao período de janeiro a junho deste ano, as despesas tiveram um acréscimo real de R$ 47,5 bilhões.