Golpe do QR Code: Como os criminosos estão explorando a tecnologia para enganar vítimas
Cada vez mais novas tecnologias têm facilitado a vida dos usuários ao realizar pagamentos e outras ações. Isso pode ser visto com a enorme popularidade do Pix, que agora é basicamente o meio de pagamento mais utilizado.
Além dele, há também o QR Code, que já estava sendo utilizado antes do surgimento do Pix e continua forte até hoje.
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No entanto, a aplicação do QR Code vai muito além de transações financeiras. A tecnologia proporciona um acesso veloz a websites, permite a instalação de aplicativos e facilita a visualização de cardápios em restaurantes.
Por isso, não é surpreendente que com o amplo uso dessa tecnologia, os fraudadores tenham encontrado um meio de aproveitá-la para ludibriar o usuário.
A tática empregada pelos malfeitores é chamada de “phishing”, termo que em português pode ser traduzido como “pesca”.
Este tipo de fraude não necessariamente implica em um roubo imediato, mas sim, busca “pescar” dados para que possíveis golpes sejam realizados futuramente. Contudo, existem, sim, muitos episódios em que o usuário tem seus recursos subtraídos no momento em que utiliza o QR Code.
Entenda como funciona o golpe do QR Code
Anteriormente, e até o presente momento, indivíduos se tornam vítimas de fraudes ao clicar em links duvidosos em e-mails ou mensagens SMS. O golpe do QR Code opera de maneira bastante semelhante.
O usuário, ao visitar um restaurante, loja ou qualquer outro estabelecimento para realizar um pagamento, acaba acessando um link fraudulento.
Conforme relatórios do Federal Bureau of Investigation (FBI) dos Estados Unidos, os fraudadores chegam a visitar restaurantes e lojas para alterar QR Codes legítimos.
Através desses códigos, quando o roubo não é realizado instantaneamente, o usuário é redirecionado para um site falso, onde é instalado um malware com o intuito de subtrair as informações do usuário.
Os golpistas optam pelo uso dos códigos QR pela dificuldade de identificar alterações no mesmo.
Como é possível observar no QR Code de exemplo abaixo, o formato e as mínimas modificações no código dificultam a distinção entre um código legítimo e um falso.
Sendo assim, há basicamente três formas para se proteger desse golpe:
1º – Embora seja praticamente impossível diferenciar um QR Code falso de um legítimo apenas pela aparência, busque por possíveis imperfeições na imagem. Observe se o código parece mal impresso, borrado ou apresenta deformações.
2º – Ao escanear o código com o seu celular, não o faça por meio de um aplicativo bancário, por exemplo. Utilize o scanner próprio do seu smartphone, pois em geral eles possuem sistema de detecção de fraude, o que vai impedir que você se torne uma vítima do golpe.
3º – Por fim, antes de realizar um pagamento sempre confira todas as informações presentes no destinatário. Confira se a instituição bancária está correta, se o nome da pessoa ou empresa condiz com o seu pagamento, assim como, se não há nenhuma outra informação que lhe pareça suspeita.