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Estupro está sendo banalizado? Entenda o alerta de profissionais

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O estupro chocante de uma jovem de 22 anos em Belo Horizonte, ocorrido na madrugada do último domingo (30), é um sinal alarmante de como a violência contra as mulheres está sendo tratada com indiferença e insensibilidade.

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Segundo a médica sanitarista Deborah Costa Carvalho Malta, que é professora da Escola de Enfermagem da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), esse problema é impulsionado pelo machismo enraizado na sociedade, pela misoginia e pela ideia equivocada de que as mulheres são inferiores. Entenda!

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Estupro alerta para a banalização da violência

De acordo com a médica, estima-se que cerca de 16 milhões de mulheres brasileiras sofrem vítimas de violência. Ela destaca que esse é um problema de grande escala e gravidade.

São 1.384 estupros por dia, o que significa um estupro por minuto no país. É algo assustador. Existe uma subnotificação imensa ainda, disse a médica.

Embora os números sejam alarmantes, Deborah destaca que a sociedade muitas vezes não percebe a verdadeira “magnitude” do problema do estupro, porque muitos casos não obtêm visibilidade.

Ela explica que a repercussão em torno do estupro ocorrido no domingo deve ao fato de ter sido filmado e de haver câmeras envolvidas, o que torna o caso mais visível para o público.

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No entanto, a médica ressalta que na maioria das vezes, a violência sexual, física e psicológica acontece dentro dos relacionamentos, praticada pelo próprio companheiro. Nestes casos, por não serem tão evidentes publicamente, muitas vezes acabam sendo ignorados ou minimizados pela sociedade.

Foto: Reprodução/Internet

Em março deste ano, a Escola de Enfermagem da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e a Polícia Civil de Minas Gerais estabeleceram uma colaboração com o objetivo de aprimorar e organizar dados relacionados à saúde e segurança pública.

Esses dados têm o objetivo de ajudar a calcular a subnotificação da violência contra mulheres e meninas. Essa iniciativa faz parte do projeto chamado “Prevalência, mortalidade e carga global da violência com foco na violência contra meninas e mulheres”, que é resultado de uma parceria com a ONG Vital Strategies e tem como coordenadora a própria Deborah.

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