A ilusão da riqueza: Conheça os agiotas virtuais que prometem empréstimos rápidos e fáceis!
No mundo digital de hoje, os golpes financeiros estão aumentando rapidamente, representando uma ameaça significativa para indivíduos e empresas. Em 2023, um caso em particular tem chamado a atenção das autoridades e especialistas em segurança: os chamados “agiotas virtuais”.
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Esses criminosos astutos estão se aproveitando das plataformas de mídia social, como o Instagram, para atrair vítimas em busca desesperada de empréstimos.
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Quem são os agiotas virtuais?
Os chamados “agiotas virtuais” são indivíduos que, através de perfis on-line, promovem a ideia de que são financiadores credenciados.
Eles costumam postar fotos de viagens exuberantes, carros de luxo, maços de dinheiro e momentos familiares, com o intuito de expressar uma vida próspera e confiável.
Oferecem empréstimos sem consulta ao Serasa e prometem uma liberação rápida, geralmente abaixo de 30 minutos.
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Os alvos dos agiotas virtuais são, muitas vezes, pessoas que precisam de recursos financeiros urgentemente e têm dificuldades em obter crédito por vias legais, como bancos.
Onde estão essas atividades acontecendo e quais são as táticas usadas?
Os agiotas virtuais estão principalmente no Instagram, geralmente com milhares de seguidores e postam regularmente publicidade e depoimentos de “clientes” agradecidos pelos serviços prestados. No entanto, a verdade é que esses perfis são falsos, e por trás deles estão golpistas.
Os métodos utilizados pelo agiota on-line variam. Um exemplo comum é a associação a figuras públicas. Um golpista pode postar uma foto de si próprio com um conhecido delegado ou parlamentar, na tentativa de parecer mais confiável.
Outro exemplo é o uso da imagem de personalidades do mundo dos negócios, com a intenção de legitimar as suas operações financeiras.
Como é aplicado o golpe dos agiotas virtuais?
O golpe tem diversas etapas. Primeiro, o golpista apresenta uma tabela de valores e solicita que a vítima pague um “seguro” antes de fechar o negócio.
Este “seguro” varia entre R$ 50 e R$ 400, dependendo da quantia desejada pela vítima. O golpista condiciona o depósito do valor pretendido ao pagamento deste seguro. Depois de captar seus dados pessoais, o golpista nunca envia o dinheiro proposto.
Em vez disso, simplesmente desaparecem, deixando a vítima sem o empréstimo prometido e menos os valores do “seguro” indevidamente cobrado.
Agiotagem é crime?
Sim, agiotagem é crime. Conforme explicado por Lucie Antabi, advogada especialista em direito penal econômico pela FGV, e Daniel Bialski, advogado criminalista, se a pessoa cobra taxas abusivas, sem possuir uma empresa legalizada para tal fim, comete o crime previsto no artigo 7º da lei 7.492 de 1986.
A pena é de dois a oito anos de reclusão, além de multa. Este crime também pode ser enquadrado na Lei de Crimes Contra Economia Popular. O fato de ser virtual não muda o fato de que a agiotagem ainda é crime.
Além disso, os golpes descritos acima também podem ser considerados estelionato, que é crime no Brasil.
A responsabilidade das plataformas digitais
Advogados como Daniel Bialski acreditam que as plataformas digitais, nas quais esses golpes estão ocorrendo, devem assumir a responsabilidade por permitir que esses crimes aconteçam.
Segundo ele, as plataformas deveriam ter filtros mais robustos para identificar e prevenir a realização de atividades criminosas. Nestes tempos modernos, é importante permanecermos vigilantes.
Como consumidores on-line, devemos sempre nos proteger contra golpes garantindo que todas as suas transações sejam feitas de maneira segura e que sejam feitas com empresas ou pessoas confiáveis. Se algo parece bom demais para ser verdade, provavelmente é.