Conscientização necessária: Ativista expõe o capacitismo em experimento social que buscava combater o racismo
Você certamente deve ter visto circulando pelas redes sociais recentemente, um vídeo de um experimento social que tem gerado polêmicas discussões sobre racismo e capacitismo.
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Nele, dois atores fingem ser cegos – um deles é branco e outro é negro – e tentam receber ajuda de outras pessoas. Inevitavelmente, o homem branco é prontamente auxiliado, enquanto que ao ser tocado pelo homem negro, as pessoas limpam o braço.
Confira o vídeo abaixo:
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Marcelo, filósofo, conferencista e ativista negro, questiona a ideia perpetuada pelo experimento, de que pessoas com deficiência são sempre dependentes de ajuda. Além disso, aponta o uso de “cripface”, isto é, a tática de fingir ter uma deficiência.
Ele também chama a atenção para a vulnerabilidade que essa atitude pode acarretar, uma vez que malfeitores podem se aproveitar dessa condição para cometer delitos.
O que é o capacitismo?
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O capacitismo é o preconceito contra a pessoa com deficiência, baseado na crença de que ela é inferior devido às suas limitações físicas, cognitivas, sensoriais ou psíquicas.
Essa forma de discriminação tem raízes profundas na sociedade e pode ser manifestada tanto de maneiras explícita quanto implícita, incluindo estigmatização, exclusão e negligência.
Qual é a relação entre o capacitismo e o racismo?
De acordo com Marcelo, há uma conexão direta entre capacitismo e racismo, existente no experimento social e que precisa ser abordada.
Ele enfatiza que, mesmo quando os dois homens estavam fingindo a mesma deficiência, a ajuda foi oferecida mais prontamente para o homem branco que para o homem negro.
Mais que isso, Marcelo lança um questionamento importante: o que vamos fazer ao constatar que o capacitismo também é racista e que o racismo é capacitista?
Qual é o papel da sociedade contra o capacitismo e racismo?
É imperativo compreender que o combate ao preconceito deve ser um esforço coletivo de toda a sociedade.
Nosso papel é questionar e desafiar nossas percepções e comportamentos para erradicar toda forma de discriminação, seja ela racial ou relativa a deficiências.
Marcelo Zig conclui sua reflexão com um apelo à ação: “O que você vai fazer com a informação de que pessoas negras não deixam de sofrer racismo mesmo sendo pessoas com deficiência?”