OMS aponta o alimento maior causador de câncer
Recentemente, a Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (IARC), um braço da Organização Mundial da Saúde (OMS), anunciou que o aspartame é classificado como “possivelmente cancerígeno”.
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No entanto, é importante entender como os alimentos são categorizados nessa escala e quais têm o maior ou menor potencial cancerígeno.
Classificação de potencial cancerígeno
A IARC e OMS classificam os agentes em quatro grupos:
- 1A – Comprovadamente cancerígenos;
- 2A – Provavelmente cancerígenos;
- 2B – Possivelmente cancerígenos;
- 3 – Sem evidência de relação com o câncer.
Essa avaliação não se aplica apenas a alimentos, embora eles sejam os mais destacados pelos consumidores. É importante ressaltar que a inclusão em um desses grupos não significa que a quantidade normalmente consumida causará câncer, mas sim que a substância tem esse potencial.
É essencial que a população esteja ciente dos possíveis riscos ao consumir esses alimentos, especialmente em excesso. Abaixo estão listados 9 alimentos populares que foram classificados pela OMS, desde os comprovadamente cancerígenos até aqueles que têm apenas a possibilidade:
Grupo 1 – Comprovadamente cancerígenos:
- Vinho, cerveja, gin: todas as bebidas alcoólicas são consideradas cancerígenas. A OMS defende que não há nível seguro de consumo e estima que 4% dos diagnósticos anuais de câncer sejam atribuíveis ao álcool.
- Salaminho, presunto, bacon: carnes processadas, que passam por um processo químico para alterar o sabor ou aumentar o tempo de conservação, também são consideradas cancerígenas. A lista inclui linguiça, salame, mortadela, peito de peru, nuggets, entre outros.
- Noz de areca: há mais de 10 anos, essa especiaria comum na Ásia, frequentemente mastigada, foi comprovadamente associada a casos de câncer de boca.
Grupo 2A – Provavelmente cancerígenos:
- Filé mignon, carne suína: estudos indicam uma relação entre carne vermelha, em geral, e o câncer colorretal. Embora o alimento seja benéfico para a saúde, o consumo excessivo deve ser evitado.
- Bebidas quentes: desde 2018, a agência considera que bebidas acima de 65 °C provavelmente podem causar câncer de esôfago.
- Frituras: nesse caso, não é o alimento em si que é cancerígeno, mas o processo de fritura. As emissões liberadas durante a fritura foram associadas a um aumento do risco de câncer de pulmão.
Grupo 2B – Possivelmente cancerígenos:
- Aspartame: um adoçante artificial amplamente utilizado em refrigerantes sem açúcar, foi incluído nessa categoria após três estudos sugerirem um aumento do risco de câncer de fígado. No entanto, as evidências foram consideradas insuficientes para alterar o limite seguro de ingestão estabelecido pela OMS, que é de até 40 mg por kg de peso corporal por dia.
- Extrato da planta Aloe vera (babosa): um estudo mostrou que ratos que consumiram água enriquecida com o extrato da planta tiveram um maior risco de desenvolver câncer de intestino grosso, mas não há evidências sólidas para humanos.
- Legumes em conserva: essa avaliação foi feita especificamente em relação ao preparo desses alimentos em países asiáticos, como China, Coreia do Sul e Japão. Embora não tenham sido identificadas evidências consistentes em humanos, a IARC mencionou que “em um único estudo, extratos de vegetais em conserva do norte da China induziram transformação morfológica de células embrionárias de hamster sírio em cultura”. Por essa razão, eles foram classificados como possivelmente cancerígenos.