Você já se perguntou por que as borboletas-monarca possuem pontos brancos em suas asas? Essas borboletas, conhecidas por seus deslumbrantes tons laranja com bordas pretas e pintas brancas, são bastante populares e fascinam tanto leigos quanto cientistas.
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E um estudo recente publicado recentemente, trouxe uma descoberta surpreendente sobre a função desses pontos.
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Contrário ao que se poderia pensar, as bolinhas brancas não são meramente decorativas. De acordo com os pesquisadores, elas são resultados de uma adaptação evolutiva que gera diferenças de temperatura nas asas dos insetos. Esta característica se torna um auxílio valioso para o voo e facilita a migração anual desses seres.

A viagem das Monarcas: uma migração diferenciada
As borboletas-monarca têm a peculiaridade de serem as únicas do mundo que realizam um processo de migração.
Enquanto outras espécies até fazem pequenos trajetos em busca de comida, as monarcas embarcam em um ciclo de vida envolvendo maratonas de voo transcontinentais entre os Estados Unidos e o México, uma viagem de até 4 mil quilômetros.
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Entendendo o papel das bolinhas brancas nas asas das borboletas-monarca
Anteriormente, muitas pesquisas se concentraram em desvendar os segredos do tamanho das asas e do sistema nervoso das monarcas para entender como esses insetos realizavam feitos tão notáveis.
Porém, poucos estudos deram atenção à relação entre a coloração das asas e sua influência na migração das borboletas.
Para investigar isso, os pesquisadores analisaram 400 imagens de borboletas-monarca coletadas durante o percurso de sua migração.
Através dessa análise, eles constataram que as borboletas que tinham uma maior porcentagem de pontos brancos nas asas eram mais bem-sucedidas na viagem.
Os pontos brancos nas asas: aliados das borboletas-monarca na conquista dos ares
Com base em suas observações, a equipe de pesquisa propôs uma teoria inovadora: os pontos brancos nas asas ajudam na regulação térmica do inseto durante o voo.
A luz solar aquece diferentes partes da asa de maneiras distintas – as áreas pretas se aquecem mais, enquanto as áreas brancas permanecem mais frias.
Essa diferença de temperaturas, acredita-se, gera minúsculos redemoinhos de ar ascendente que facilitam o voo do inseto.
Esse estudo é apenas o primeiro passo nessa exploração científica. Os próximos passos incluem a realização de testes aerodinâmicos em túneis de vento e com asas artificiais para confirmar a teoria proposta.
A relevância deste estudo para a conservação das borboletas-monarca
Conhecer mais sobre as habilidades de voo das borboletas-monarca é crucial em um momento em que mudanças climáticas e destruição dos habitats naturais ameaçam a sobrevivência desses incríveis insetos.
Desde 2021, a subespécie de monarca que realiza a migração anual é considerada em perigo de extinção. Entender mais sobre a dinâmica de migração desses animais é parte fundamental na criação de estratégias para a sua conservação.