Em uma ação chocante, a polícia civil de Naviraí prendeu uma proprietária de creche e uma cuidadora na última terça-feira (11) por denúncias de tortura e drogagem de crianças.
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O estabelecimento, que atendia cerca de 40 crianças, com idades entre 11 meses e 7 anos, foi alvo de investigações após uma denúncia ser encaminhada à Delegacia da Mulher (DAM).
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A denúncia veio de uma criança de uma escola municipal, para onde muitos ex-alunos dessa creche foram.
A criança relatou presenciar as acusadas agredindo e drogando os bebês. Esse alerta inicial desencadeou a investigação da polícia.

Como ocorreu a investigação sobre a creche em Naviraí?
Com as denúncias em mãos, a DAM de Naviraí solicitou autorização judicial para instalar câmeras de áudio e vídeo no estabelecimento.
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Nas gravações do dia 10, as autoridades conseguiram flagrar a proprietária, de 30 anos, agredindo fisicamente uma bebê de apenas 11 meses.
A criança estava sozinha em um colchão no chão e tentava se movimentar. Quando isso acontecia, a mulher, visivelmente irritada, a jogava violentamente de volta ao local e desferia tapas nela.
O que mais as gravações revelaram?
Na madrugada do dia 11, a cuidadora, de 26 anos, foi filmada ministrando um remédio na bebê, que adormeceu por várias horas.
Durante esse tempo as duas mulheres passavam a maior parte do tempo sentadas, mexendo em celulares, sem prestar atenção às crianças.
Em outro momento captado pela gravação, a cuidadora foi vista segurando a vítima pelos cabelos e jogando-a de volta ao colchão enquanto a criança estava adormecida sob influência do medicamento. Isso confirmou as suspeitas iniciais de drogagem.
Qual foi o desdobramento dessa investigação?
As crianças foram entregues aos seus responsáveis pelo Conselho Tutelar. A bebê de 11 meses passou por exame de corpo de delito, que revelou lesões faciais e no pé esquerdo, corroborando os relatos de tortura.
A proprietária da creche foi presa e será acusada pelos crimes de tortura qualificada e exposição da saúde de outrem a perigo, estes sendo crimes inafiançáveis. A cuidadora pagou fiança e foi solta, mas ainda poderá ser investigada por tortura qualificada.
Em pronunciamento, a polícia ressaltou a importância de pais e responsáveis estarem atentos a possíveis mudanças de comportamento em suas crianças e denunciarem qualquer suspeita à DAM de Naviraí.