Em discurso realizado na Esplanada dos Ministérios no domingo passado (9), o deputado Eduardo Bolsonaro comparou docentes a criminosos, remetendo à ideia de “doutrinação nas escolas”, uma retórica que já era comum a membros do governo durante a ascensão do bolsonarismo. A declaração vem gerando diversas reações desde então.
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A tese de Bolsonaro praticamente iguala a figura de professores a de traficantes, afirmando que estes últimos tentam recrutar crianças para o mundo do crime, enquanto os docentes doutrinadores trariam a discórdia aos lares.
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Confira o vídeo abaixo:
O vídeo do discurso foi disseminado nas redes sociais do deputado, aumentando ainda mais o escopo da polêmica.
Reação dos Parlamentares frente à fala de Eduardo Bolsonaro
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As palavras do deputado reverberaram nas redes e não tardaram a surtir reações, especialmente do âmbito parlamentar.
Destaca-se aqui o pedido de cassação protocolado por Guilherme Boulos (PSOL-SP) contra Eduardo Bolsonaro perante a Comissão de Ética, nesta segunda-feira (10).
Membro do partido PSB-SP, a deputada Tabata Amaral também se pronunciou contrariamente, associando a declaração de Bolsonaro à desvalorização do setor docente, comportamento que lamentou em suas palavras.
Quais as implicações legais da fala?
Além das críticas vindas dos parlamentares, é importante ressaltar que o Ministro da Justiça, Flávio Dino, determinou que a Polícia Federal investigue o discurso para detectar indícios de crimes, como incitação ou apologia a atos criminosos.
A Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo), por sua vez, anunciou que irá buscar meios legais contra as declarações do deputado.
Em nota, a entidade se pronunciou sobre a importância da educação e do papel fundamental dos professores neste processo, defendendo a categoria.
Assim, é notória a indignação causada pelo discurso do deputado Eduardo Bolsonaro perante diferentes setores da política e educação brasileiras, mais um caso que ilustra a importância do debate acerca da educação e dos professores para o país.
