O teste do pezinho é uma importante ferramenta de triagem neonatal, que visa detectar precocemente doenças genéticas, metabólicas e infecciosas, que podem comprometer o desenvolvimento saudável do bebê. É essencial que o teste seja realizado o mais cedo possível, preferencialmente entre o 3º e o 7º dia de vida do recém-nascido, para que o tratamento adequado possa ser iniciado precocemente, se necessário.
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O atraso na realização do teste do pezinho pode trazer alguns riscos para a saúde do bebê, pois algumas das condições rastreadas podem causar danos irreversíveis se não forem identificadas e tratadas rapidamente.
Alguns dos riscos associados ao atraso no teste do pezinho
Complicações de saúde: Algumas doenças detectadas pelo teste do pezinho, como hipotireoidismo congênito e fenilcetonúria, podem levar a problemas graves de saúde se não forem tratadas precocemente. A falta de tratamento adequado pode resultar em atrasos no desenvolvimento, deficiência intelectual, problemas de crescimento, entre outros.
Danos permanentes: Em certas doenças metabólicas e genéticas, o atraso no início do tratamento pode levar a danos irreversíveis ao bebê. O diagnóstico e tratamento precoces são fundamentais para evitar ou minimizar danos futuros.
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Impacto emocional: O atraso no teste do pezinho pode causar estresse e ansiedade nos pais, que ficam preocupados com a saúde do bebê. Além disso, a possibilidade de descobrir uma condição de saúde séria no bebê pode ser emocionalmente desafiadora para a família.
Perda de oportunidade de tratamento: O início precoce do tratamento é essencial para muitas das condições detectadas pelo teste do pezinho. O atraso no diagnóstico pode resultar na perda da janela de oportunidade para intervenções eficazes, comprometendo o prognóstico e a qualidade de vida do bebê.
Ampliação do teste do pezinho
O teste do pezinho atualmente detecta somente 6 doenças, porém em 2021 o teste foi ampliado para identificar 52 doenças, e foi proposto que haja um escalonamento em 5 fases para incorporar essas doenças, entretanto a AME (Atrofia Muscular Espinhal) somente será incorporada na ultima fase.
O processo de incorporação das doenças está extremamente lento, mesmo fazendo 2 anos desde a aprovação de ampliação do teste do pezinho, até o momento somente apenas 1 das doenças da primeira fase da escala foi incorporada, e apesar de estar ciente da importância do diagnóstico antecipado dessas demais doenças o Ministério da Saúde não se pronunciou sobre essa questão. É importante que além de acelerar o processo de incorporação das demais doenças a AME seja incorporada ainda nas primeiras fases.
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As razões não são poucas para que esse processo de acelerar a incorporação ocorra, visto que apesar da cura não existir ainda, o tratamento pode ser realizado pelo SUS e com medicações eficientes, ressaltando também as chances de reduzir as despesas do governo e também das famílias com o tratamento ao longo de todos esses anos.
O apoio ao Teste do Pezinho ampliado ajudará diversas famílias no futuro, é uma maneira belíssima de demonstrar empatia contribuindo para salvar vidas e ajudando a vencermos essa luta que é de extrema importância para melhorar a saúde do povo.