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Estudo sugere que vírus HIV pode se esconder no cérebro

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Estudos recentes estão oferecendo uma nova perspectiva e renovando as esperanças no campo da pesquisa sobre o vírus HIV. Pesquisadores descobriram que o vírus da imunodeficiência humana pode permanecer em um estado “adormecido” no cérebro, utilizando as células microgliais como um esconderijo.

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Essa descoberta promissora pode abrir caminhos inéditos para a erradicação do vírus e trazer esperança para milhões de pessoas em todo o mundo.

O ciclo de vida do vírus HIV

Imagem: Eu Médico Residente

O ciclo de vida do HIV é complexo. Como retrovírus, ele se replica inserindo seu material genético nas células humanas. Normalmente, o HIV infecta os glóbulos brancos, componentes essenciais do sistema imunológico. A presença do vírus pode levar à destruição dessas células, resultando em uma redução da função imunológica e eventualmente causando a síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS).

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No entanto, células infectadas podem adotar uma rota diferente, conhecida como latência. Nesse estado, as células permanecem dormentes ou inativas por longos períodos, até mesmo por anos. Durante esse período de latência, as pessoas que vivem com HIV atingem um estado indetectável, o que significa que não podem transmitir o vírus para outras pessoas.

É importante ressaltar que a latência não equivale à cura, pois quando o tratamento contra o HIV é interrompido, o vírus pode se reativar e a doença pode se tornar ativa novamente.

A importância da descoberta

Imagem: Blog Memed

A descoberta recente revela um novo local onde o HIV pode se esconder: o cérebro. Pesquisadores identificaram as células microgliais como um reservatório persistente do vírus no cérebro.

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O professor Yuyang Tang, da Universidade da Carolina do Norte em Chapel Hill, um dos autores do estudo, ressalta a importância dessa descoberta: “Agora sabemos que as células microgliais servem como um reservatório cerebral persistente. Suspeitávamos disso no passado, mas não tínhamos evidências em seres humanos“.

Essa descoberta só foi possível graças a voluntários dispostos a doar amostras de tecido cerebral para o estudo, o que pode ser um procedimento arriscado para pacientes em tratamento contra o HIV.

David Margolis, diretor do UNC HIV Cure Center, destaca a importância dessas doações: “As amostras foram obtidas de pessoas vivendo com HIV, que estavam em terapia, mas enfrentavam uma doença grave. Elas estavam dispostas não apenas a doar seus corpos para a ciência, mas também a participar do programa de pesquisa nos meses que antecederam sua morte. É um programa extraordinário que permitiu essa pesquisa“.

Os cientistas também conduziram experimentos em células cerebrais de macacos infectados com o vírus da imunodeficiência símia (SIV), semelhante ao HIV. Eles observaram que o vírus permanecia em estado latente no tecido cerebral por um longo período, através de mecanismos diferentes dos observados nos glóbulos brancos.

Guochun Jiang, outro autor do estudo, ressalta a complexidade do HIV: “O HIV é muito inteligente. Com o tempo, evoluiu para controlar sua expressão epigenética, silenciando o vírus para se esconder da eliminação imunológica no cérebro. Estamos começando a desvendar o mecanismo único que permite a latência do HIV nas células microgliais do cérebro”.

Essas descobertas abrem novas possibilidades para a pesquisa sobre a erradicação do HIV latente. Os pesquisadores estão analisando cuidadosamente essas pistas e buscando maneiras de eliminar o vírus, trazendo esperança para as milhões de pessoas que vivem com o HIV. Ainda há muito trabalho a ser feito, mas essa pesquisa representa um avanço promissor em direção a uma futura cura do HIV.

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