Bolsonaro vai contra Reforma Tributária, que pode fazer economia crescer até 2,39%
A reforma tributária tem demonstrado ser uma porta de oportunidades para a economia do Brasil e também de políticos, como o ex-presidente Bolsonaro.
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Segundo dados recentemente divulgados pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), há uma projeção de aumento de até 2,39% no Produto Interno Bruto (PIB) na década que se estende até 2032.
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Uma perspectiva promissora se comparada ao cenário atual, que não apresenta nenhuma alteração significativa no sistema tributário.
Votada em primeiro turno na Câmara dos Deputados, a Proposta de Emenda à Constituição 45 poderá ser um marco importante para essas alterações.
Na verdade, a reforma tributária tem sido objeto de análise na Carta de Conjuntura do Ipea, um estudo produzido com base na avaliação de 68 diferentes setores da economia brasileira.
O que a análise mostra?
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Os dados apresentados pelo Ipea sugerem um cenário econômico positivo para o país durante o período de transição, no qual o atual sistema seria gradualmente substituído pelo novo.
A prova disso seria o crescimento esperado no PIB. Além disso, as alterações planejadas para a estrutura tributária têm por objetivo promover benefícios para setores com cadeias produtivas mais extensas, maior efeito multiplicador e consequentemente, maior produtividade.
Como a reforma contribui para o crescimento econômico?
Com a simplificação dos tributos preconizada pela reforma, e a diminuição da tributação sobre o consumo de produtos em setores estratégicos como eletrônicos, alimentos, energia e gás, serviços especializados, tecnologia da informação e construção, os preços desses bens podem diminuir.
Isso poderia desencadear um aumento na produção e mais demanda por insumos, com possibilidades de crescimento do PIB, como ressalta o estudo.
Quais seriam os setores mais beneficiados e os desafios ainda presentes?
O estudo também sugere que a Proposta de Emenda à Constituição 45/2019, que prevê uma alíquota menor, pode gerar um maior crescimento econômico. No entanto, alerta para a ocorrência de ganhos e perdas regionais e setoriais consideráveis.
Em contrapartida, as simulações dos impactos da proposta do substitutivo da PEC 45, que apresenta a maior alíquota, poderiam ter impactos positivos para o crescimento econômico sustentável.
Além disso, a análise frisa a importância da geração de empregos. Ainda que os ganhos sejam pequenos (cerca de 1%), há uma perspectiva de aumento de empregos mais qualificados e de maior rendimento.
Ex-presidente Jair Bolsonaro se manifesta contra a Reforma Tributária
Usando as redes sociais como plataforma, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se manifestou na última quinta-feira contra a reforma tributária, que está em votação na Câmara de Deputados.
Num clima de tensão, Bolsonaro questiona a necessidade da reforma e apela para os membros de seu partido votarem contra a mesma.
A expressão utilizada por Bolsonaro, “Não à Reforma Tributária do PT”, pode gerar especulações sobre as implicações políticas do processo. Além disso, ele também expressou preocupação com os efeitos que uma reforma como essa pode ter sobre os contribuintes brasileiros.
Como o ex-presidente se posiciona em relação à Reforma?
Essencialmente, Bolsonaro se mostra contra, acreditando que a pressa em votar o projeto pode resultar em mais preocupações para os “já sofridos pagadores de impostos”.
Ele sugere uma possibilidade de impacto negativo na economia, com aumento da carga tributária para os contribuintes.
Bolsonaro pede para eleitos votarem contra a PEC
O ex-presidente fez um apelo para “aqueles que se elegeram com assuas bandeira de ‘Deus, Pátria, Família e Liberdade'” votarem contra a PEC.
O apelo de Bolsonaro mostra que as opiniões políticas sobre a reforma tributária permanecem fortemente divididas.
As discussões iniciaram na noite de quarta-feira (5), com a apresentação do parecer atualizado do relator da reforma, o deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB). Com a votação prevista para o final do dia, muitos estão na expectativa do que a decisão poderá representar para o futuro econômico do Brasil.
