O fenômeno climático conhecido como El Niño está prestes a retornar, ocorrendo de forma irregular com intervalos que variam aproximadamente de dois a sete anos. Esse fenômeno natural, impulsionado pelo aquecimento da superfície do Oceano Pacífico, desencadeia alterações climáticas em todo o mundo.
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O Instituto Nacional de Meteorologia já confirmou a chegada do El Niño e a expectativa é que ele cause impactos relevantes em todo o território brasileiro. Por exemplo, os meteorologistas preveem um aumento no risco de seca nas regiões Norte e Nordeste neste ano.
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Além disso, é esperado um volume maior de chuvas no Sul, com a temperatura aumentando gradualmente entre as estações do outono e inverno.
Explicando o fenômeno El Niño

O El Niño ocorre devido ao aquecimento das águas do Oceano Pacífico, especialmente próximo à costa oeste do Peru, resultando no enfraquecimento dos ventos alísios. No hemisfério sul, esses ventos sopram do leste para o oeste e, com a redução da intensidade e movimento desses ventos, ocorre um aumento na temperatura no hemisfério sul, afetando grande parte do planeta.
O aquecimento das águas do mar durante o El Niño pode ser significativo, variando entre 3 °C e 7 °C, dependendo da intensidade do fenômeno. Em comparação, um El Niño mais leve pode elevar a temperatura das águas em apenas 0,5 °C. Esse aquecimento marítimo resulta em mudanças nas massas de ar e nos índices de umidade relativa do ar.
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Além do aumento da temperatura, que resulta em invernos menos frios do que o normal, o Brasil enfrenta uma série de desafios com a chegada do El Niño, afetando diferentes regiões do país de maneiras distintas.
Como o El Niño impacta as regiões brasileiras
- Na região Norte, espera-se uma diminuição da incidência de chuvas na Floresta Amazônica, o que aumenta a probabilidade de ocorrência de queimadas.
- No Nordeste, a expectativa é de secas ainda mais severas, especialmente nas áreas mais ao norte e ao centro, como o Polígono das Secas. Essa região, que já enfrenta escassez de água, pode sofrer uma crise hídrica ainda mais grave.
- Na região Centro-Oeste, pelo contrário, é esperado um considerável aumento das chuvas, especialmente a partir do verão. Além disso, estima-se que as temperaturas subam ainda mais no segundo semestre, período que já é bastante quente.
- No Sudeste, prevê-se um grande aumento das chuvas, juntamente com a elevação da temperatura no inverno, que será menos frio do que o habitual.
- Por fim, a região Sul do país, conhecida por suas temperaturas mais baixas, terá um inverno menos rigoroso e enfrentará o desafio de chuvas torrenciais.
Apesar dos problemas causados pelo El Niño, é importante ressaltar que seus impactos poderiam ser mitigados com investimentos públicos adequados e um planejamento real para situações catastróficas, como secas e enchentes.
Dessa forma, a população brasileira sofreria menos com as repentinas alterações climáticas. É fundamental que medidas sejam tomadas para enfrentar esses desafios e garantir a resiliência diante das mudanças climáticas.