Desvendando Anne Frank: 5 fatos fascinantes que você provavelmente não conhecia sobre sua vida e legado
Um dos momentos mais sombrios da história da humanidade sem dúvida alguma foi o período conhecido como Segunda Guerra Mundial.
Além da disputa político territorial houve a perseguição dos judeus pelo Partido Nazista que tomará controle da Alemanha e influenciava todo o pensamento de seu país com a ideologia.
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Ainda que a Alemanha tenha sofrido imensamente com o controle do Partido Nazista, quem de fato sofreu os piores horrores possíveis foi povo judeu, que precisava esconder-se para sobreviver, como mostram os relatos do ‘Diário de Anne Frank’.
O ‘Diário de Anne Frank’ é um dos livros mais famosos da humanidade por descrever todos os horrores, angústias e esperanças dos judeus que se escondiam do Nazismo. Annelies Marie Frank era uma menina, filha de Otto e Edith Frank, que completavam sua família com a irmã mais velha de Anne, Margot Frank.
A família vivia em Frankfurt na Alemanha até pouco antes do surgimento do partido Nazista, a partir do início da perseguição, a família fugiu de seu país para a cidade de Amsterdã, nos Países Baixos.
Graças ao Museu Memorial do Holocausto dos Estados Unidos (USHMM), muitas informações sobre esse momento e sobre a vida de Anne Frank podem ser compreendidos.
5 detalhes sobre Anne Frank que poucos conhecem
Como o diário foi recuperado?
Uma das perguntas que a maioria das pessoas sempre faz, como em meio a destruição de qualquer material intelectual, um diário de uma menina judia foi preservado? Essa resposta foi dada pelo próprio pai da menina, Otto Frank.
Após sua libertação em 1945, e a publicação do diário de Anne, o homem descreveu que no momento da prisão de sua família um soldado da Schutzstaffel (SS) jogou no chão os papéis que estavam em uma pasta, para que pudesse roubar pertences do anexo onde se escondiam.
Esses papéis eram o compilado editado que Anne havia feito, os quais foram guardados por Miep Gies, uma mulher que auxiliava a família em seu esconderijo.
A morte Anne e a publicação de seu diário
Infelizmente, Otto Frank foi o único membro da família a sobreviver ao Holocausto. Segundo informações, acredita-se que tanto Anne, quanto sua irmã Margot, morreram de “tifo” (nome dado para quando não se sabe exatamente qual bactéria causou a infecção).
A família Frank foi encontrada pelo SS, em 4 de agosto de 1944, e estima-se que a morte de Anne ocorreu em algum momento entre fevereiro e março de 1945.
Edith, a mãe das meninas e esposa de Otto, faleceu em Auschwitz em janeiro de 1945, enquanto Otto foi libertado no final de janeiro do mesmo ano.
Ao entrar em contato com Miep Gies e recuperar o diário de sua filha, para manter sua memória viva, dois anos após o final da guerra em 1947, o homem publicou a primeira versão do diário de Anne Frank, em sua versão na língua holandesa.
Anne queria que ele fosse publicado?
Muitos se perguntam se de fato Anne gostaria que seu diário fosse publicado, e a resposta é: Sim! O diário de Anne Frank começou a ser escrito no ano de 1942, quando a menina tinha 13 anos de idade. Porém, foi só em 1944 que ele foi organizado e editado pela própria Anne.
Isso aconteceu porque através de uma transmissão de rádio, ela ouviu o governo holandês solicitando que as pessoas escrevessem cartas, artigos, diários ou qualquer coisa que documentasse a invasão alemã.
Com isso, a menina juntou todas as anotações de seu caderno e as transferiu para folhas soltas, fazendo modificações e organizando a escrita. Dessa forma, seu pai, anos mais tarde, conseguiu recuperá-las e publicar o relato de sua filha. O título original escolhido por Anne era: “O Anexo Secreto”.
Houve traição?
Aqueles que conhecem a história de Anne se perguntam, se de fato houve ou não uma traição, visto que o anexo em que a família Frank e outros refugiados viviam era escondido na casa de Miep Gies.
Não há nenhuma prova ou relato sobre o que de fato aconteceu para que a família fosse encontrada, sendo assim, muitas teorias surgiram.
Por muitos anos, o que todos acreditavam é que a família foi entregue por algum tipo de denúncia anônima que levou a SS a investigar a casa. Porém, outra teoria que hoje em dia é mais aceita, é que a família foi descoberta por acaso.
Isso aconteceu porque a SS estava no local investigando fraudes sobre cupons de racionamento (visto que moravam mais do que duas pessoas no local), além de denúncias de trabalho ilegal, o que acabou por condicionar a SS a encontrar o anexo secreto.
Anne Frank, uma escritora de mais de uma obra
Ao contrário do que as pessoas pensam, Anne Frank não é uma autora de apenas um livro. A jovem sonhava ao fim da guerra tornar-se uma escritora ou jornalista, sendo assim, em seu diário escreveu muito mais do que apenas relatos sobre o momento em que vivia.
De acordo com o Museu do Holocausto, Anne escreveu contos, fábulas e histórias fantásticas. No entanto, apenas seu diário foi publicado, pois, antes de ser encontrada, ela o transferiu para folhas soltas. Infelizmente, suas outras obras foram perdidas junto com seu caderno original.
Abaixo você pode conferir o trailer da série ‘A Small Light’, em português, ‘Uma Pequena Luz’. Essa é uma série da National Geographic, que está disponível no Disney+ e conta a história de Miep Gies quando ela escondia a família Frank em sua casa.