PERTURBADOR: Rede internacional choca a polícia ao ser descoberta vendendo vídeos de tortura de macacos na web
Investigação realizada pela rede britânica BBC revelou uma rede internacional criada para torturar e matar macacos.
Os jornalistas da emissora se infiltraram nos grupos clandestinos e descobriram que clientes do mundo todo pagavam pessoas na Indonésia para executar os macacos e registrar o processo em vídeo.
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A descoberta ocorreu após uma denúncia feita por uma youtuber que notou um aumento no conteúdo envolvendo filhotes de macacos durante a pandemia.
A investigação conduzida pela BBC resultou na identificação de uma rede de torturadores que utilizavam o Telegram para trocar ideias de maus-tratos e contratar pessoas na Indonésia para executá-las.
Como a investigação foi realizada?
Os repórteres da BBC participaram dos grupos de conversas para fornecer informações à polícia. Até o momento, 20 pessoas estão sob investigação, incluindo três mulheres que vivem no Reino Unido e um homem no estado americano do Oregon. As autoridades já realizaram algumas prisões em decorrência das informações obtidas.
Quem são os principais suspeitos?
Entre os principais suspeitos está Mike McCartney, conhecido como “The Torture King” (“O Rei da Tortura”), que administrava vários grupos nos quais os entusiastas da tortura distribuíam vídeos.
Outros suspeitos identificados pelos repórteres incluem Stacey Storey e um homem chamado “Sr. Macaco”. Os três ainda não foram indiciados, mas podem pegar até sete anos de prisão caso sejam condenados.
Na Indonésia, dois suspeitos de tortura já foram presos: Asep Yadi Nurul Hikmah, condenado a três anos de prisão, e Ajis Rasjana, que pegou a pena máxima de oito meses.
Redes sociais se pronunciam sobre o caso dos macacos
Após a repercussão, grandes redes sociais como Facebook, Telegram e YouTube se manifestaram. Eles afirmaram que não permitem a promoção de abuso de animais em suas plataformas e que trabalham para remover o conteúdo que viola suas políticas.
Sarah Kite, co-fundadora da instituição de caridade animal Action for Primates, lamentou o aumento de circulação de conteúdos violentos na web e sugeriu que o Reino Unido crie leis para ajudar na punição de indivíduos que patrocinam vídeos de tortura.
“Se alguém está proativamente envolvido em infligir essa dor, pagando por isso e fornecendo uma lista de coisas que deseja que sejam feitas ao animal, deve haver leis mais fortes para responsabilizá-lo”, concluiu.