Youtuber que já explorou submarino desaparecido afirma que não se arrepende: ‘Ver o Titanic era um sonho que valia o risco’
Alan Estrada, um youtuber e ator mexicano conhecido por seu canal de viagens “Alan ao redor do mundo”, participou de uma expedição ao fundo do oceano para visitar o naufrágio do Titanic há dois anos.
Em uma entrevista, Estrada disse que sabia dos riscos envolvidos, mas nunca se sentiu inseguro e achou que a experiência valeu a pena.
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Os prováveis problemas que levaram ao desaparecimento do submarino Titan no Atlântico
Ele fez a viagem em um submersível chamado Titan, que desapareceu recentemente com cinco pessoas a bordo. Estrada descobriu as excursões ao Titanic durante a pandemia e se inscreveu em 2021, após conseguir patrocinadores para pagar US$ 125 mil (cerca de R$ 600 mil) pelo passeio.
Entretanto, a viagem não foi bem-sucedida na primeira tentativa devido a problemas técnicos, mas deu certo um ano depois com outra tripulação e passageiros.
O que é o submersível Titan?
O Titan é um veículo submarino feito de fibra de carbono e titânio, projetado para transportar até cinco pessoas em profundidades extremas.
Medindo 2,8 metros de largura, 2,5 metros de altura e 6,7 metros de profundidade, possui oxigênio suficiente para sustentar a tripulação por até 96 horas.
A viagem para visitar o Titanic leva oito horas, sendo duas horas para descer 4 mil metros, até quatro horas explorando o naufrágio e duas horas para retornar à superfície.
Como é a experiência da viagem no Titan?
Alan Estrada comparou o início da viagem no submersível ao lançamento de um foguete. Apesar do espaço restrito e da possibilidade de claustrofobia, ele descreveu a experiência como “algo muito impressionante”.
Durante a viagem, Estrada teve a oportunidade de pilotar o Titan usando um controle de videogame sem fio. No entanto, o submersível só pode ser aberto pelo lado de fora por meio de equipamento especializado.
Críticas às viagens ao Titanic
As viagens ao Titanic são cercadas de controvérsia devido aos altos custos e à acusação de ser um “brinquedo de ricos”.
Estrada reconhece as críticas, mas acredita que essas expedições também têm valor científico, ajudando a explorar as profundezas do oceano.
É importante mencionar que, apesar da denominação comum de “submarino”, o Titan é tecnicamente um submersível e não um submarino.
Submarinos são embarcações autônomas, enquanto submersíveis possuem reservas limitadas de energia e precisam ser transportados por outros veículos até o local de imersão.