Febre Maculosa em Campinas: existem riscos de uma epidemia? Especialista explica
Autoridades afirmam: não há motivo para pânico. Entenda por que a população não precisa temer uma epidemia de febre maculosa!
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Com quatro mortes já confirmadas devido à febre maculosa, a preocupação da população de São Paulo tem aumentado.
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A diretora do Devisa, Andreia Von Zuben, falou sobre o tema e detalhou as medidas que estão sendo adotadas para lidar com a situação.

Quarto caso em São Paulo sobre febre maculosa
“A quarta morte nos deixa muito chateados, pois são quatro casos confirmados que infelizmente evoluíram para óbito.
É uma doença de grande gravidade, com alta letalidade”, disse Von Zuben, explicando que a doença muitas vezes não é identificada e tratada prontamente, contribuindo para os desfechos fatais.
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A diretora destacou a dificuldade em identificar suspeitos, já que a promoção e preocupação generalizada levou muitas pessoas a procurarem os serviços de saúde.
“Nós estamos tendo que ligar para todos para entender melhor se isso é realmente um caso suspeito”, afirmou.
Atualmente, existem dois casos suspeitos de febre maculosa relacionados a uma fazenda em Campinas. A fazenda já havia recebido mais de 3 mil visitantes, o que está contribuindo para a apreensão.
O que as autoridades dizem sobre o perigo da doença?
Apesar do pânico que tem se instalado, Von Zuben alertou que as chances de infecção são pequenas e dependem de uma série de fatores, incluindo que o carrapato esteja infectado, que ele adira ao corpo humano por no mínimo quatro horas e que a pessoa desenvolva sintomas nos 15 dias subsequentes. “Não é todo mundo que mora em sítios ou fazendas que vai ter febre maculosa”, garantiu.
Ela ainda assegurou que o evento que reuniu o grande número de pessoas já passou o período máximo de manifestação de sintomas e não teve mais casos de doença.
Contudo, a recomendação é que as pessoas que estiveram em áreas rurais de Campinas e que apresentarem febre alta e sem outro foco devem procurar um médico e relatar possível contato com carrapatos.
A respeito da possível proibição de novos eventos em Campinas, a diretora disse que não seria a solução. “A gente sempre tem casos em Campinas e a gente tem uma arma que ela é excelente, que é a comunicação.
Se eu vier da área rural de Campinas e tiver uma febre sem outro foco definido, o médico vai ter que pensar em febre maculosa e tratar”, explicou.
Para prevenir a doença, Von Zuben sugeriu o uso de repelentes, roupas claras e longas ao visitar regiões rurais, além de inspecionar o corpo a cada hora para verificar a presença de carrapatos.
Caso um carrapato seja encontrado, deve-se removê-lo com calma, evitando métodos agressivos que poderiam levar à injeção da bactéria no corpo.
“Não é motivo para pânico. A febre maculosa não é uma doença de grande prevalência nem muito transmissível. Não teremos muitos casos”, tranquilizou Von Zuben.