Justiça age: Redes sociais de influencers bloqueadas após gesto racista com crianças negras!
Influenciadoras têm redes sociais bloqueadas por ato racista em vídeo com crianças negras. Justiça pune ações e protege direitos infantis. Veja!
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As influenciadoras digitais Kérollen Cunha e Nancy Gonçalves tiveram suas redes sociais bloqueadas por decisão da Vara da Infância, da Juventude e do Idoso da Comarca de São Gonçalo, na região metropolitana do Rio de Janeiro.
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Racismo: Influencer oferece banana e macaco de pelúcia a crianças negras
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A ação ocorre após as duas oferecerem uma banana e um macaco de pelúcia a duas crianças negras em um vídeo publicado nas plataformas. O bloqueio tem prazo de seis meses e inclui perfis e conteúdos no Youtube, Instagram e TikTok.
Além do bloqueio, as influenciadoras estão proibidas de criar novos perfis nas redes sociais e de se apresentar de qualquer forma em outros perfis durante o período. Caso descumpram a determinação, as duas estarão sujeitas a uma multa diária de 5 mil reais.
A Justiça também ordenou a remoção dos vídeos com conteúdo que viole direitos infantojuvenis nos perfis informados.

Por que o vídeo com o ato racista gerou essa decisão judicial?
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O vídeo onde as influenciadoras oferecem os objetos às crianças é considerado um ato racista e está sendo investigado pela Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância.
Cabe destacar que Kérollen Cunha e Nancy Gonçalves possuem mais de 14 milhões de seguidores em suas redes sociais, o que aumenta o alcance de suas postagens e, consequentemente, a repercussão dos conteúdos.
Em sua decisão, a Justiça afirma que “as imagens publicadas nas redes sociais das requeridas, as quais oferecem como ‘presentes’ para as crianças bananas e um macaco de pelúcia, filmando suas reações, expõem menores a situação vexatória e degradante”. Após a repercussão negativa, os vídeos foram apagados das plataformas pelas próprias influenciadoras.
Qual é a posição da defesa das influenciadoras?
Em nota, os advogados de Kérollen Cunha e Nancy Gonçalves alegaram que suas clientes não tiveram a intenção de fazer referência a temáticas raciais ou à discriminação de minorias no vídeo.
No entanto, a Justiça entende que o conteúdo viola os direitos infantojuvenis e expõe as crianças a uma situação vexatória, degradante e racista.
Com essa decisão, busca-se evitar que novos atos de discriminação sejam promovidos por meio das redes sociais, uma vez que elas têm grande alcance e influência sobre a população.
A punição das influenciadoras também serve como um alerta para que outros criadores de conteúdo relacionado a crianças e adolescentes respeitem seus direitos e não os exponham a situações constrangedoras ou preconceituosas.