Desmatamento sem limites: Brasil perdeu o equivalente a 5.200 campos de futebol por dia em 2022

Segundo dados do relatório anual do Sistema de Alertas de Desmatamento (SAD) do MapBiomas, o desmatamento no Brasil chegou a 2 milhões de hectares perdidos nos seis tipos de biomas. Desse hectares perdidos, cerca de 91% acorreu na Amazônia e no cerrado.

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Infelizmente, o desmatamento tem sido um problema persistente no Brasil por décadas. Os efeitos disso são vastos e preocupantes. Confira mais detalhes sobre o relatório!

Desmatamento no Brasil

O MapBiomas é uma iniciativa brasileira que fornece informações precisas e atualizadas sobre mudanças na cobertura e uso da terra no Brasil.

Ele utiliza imagens de satélite e algoritmos de aprendizado de máquina para analisar e mapear diferentes categorias de cobertura da terra em todo o país. A iniciativa envolve a colaboração entre diversas instituições, incluindo ONGs, universidades e empresas de tecnologia.

Segundo o relatório feita por essa iniciativa, o país perdeu em média 5.128 campos de futebol por dia. Além disso, foi descoberto que a agropecuária é o principal causador do problema, sendo responsável por 96% da destruição.

Ainda de acordo com o relatório, a mata atlântica foi o único bioma que não apresentou aumento no desmate, nos anos de 2021 e 2022. Tasso Azevedo, coordenador do MapBiomas, disse que o levantamento mostrou que houve derrubada em áreas de projetos de energia limpa.

Foram 3.200 hectares desmatados, o que é um contrassenso. Energia limpa não deveria estar nesse cardápio, disse Tasso.

André Lima, secretário extraordinário do Ministério do Meio Ambiente para o controle do desmatamento, disse que é preciso que o governo invista em articulação local com os estados para separar o desmate legal do ilegal.

Começamos um grupo de trabalho com o Pará para essa integração, pretendemos fazer com Mato Grosso e Amazonas, e aí já falamos de quase 80% do desmatamento na Amazônia, metade do desmatamento no Brasil, disse André.

O trabalho realizado pelo MapBiomas forneceu uma ferramenta abrangente e confiável para avaliar os impactos das atividades humanas na cobertura da terra no Brasil. Além disso, contribuiu para fomentar a transparência, a prestação de contas e o diálogo sobre práticas de uso da terra, desmatamento e esforços de conservação no país.