Número de mortes por infarto aumenta entre mulheres no Brasil
Segundo dados da Sociedade Brasileira de Cardiologia, o Brasil teve um aumento de 62% na quantidade de mortes de mulheres de 15 a 49 anos por infarto. Já em mulheres de 50 a 69 anos, o número quase triplicou, aumentando cerca de 176%.
O infarto, também conhecido como ataque cardíaco, ocorre quando há uma interrupção do fluxo sanguíneo para uma parte do músculo cardíaco devido à deficiência de uma ou mais artérias coronárias. Saiba mais!
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Gláucia Maria Moraes de Oliveira, médica do Departamento de Cardiologia da Mulher da SBC, afirmou que o sedentarismo, estresse, entre outros fatores de risco potencializam o risco da doença em mulheres.
Ainda segundo Gláucia, a falta de conhecimento sobre os sintomas leva as mulheres a procurarem um médico de forma tardia.
Os sintomas de um infarto podem variar, mas os mais comuns incluem dor no peito intensa e prolongada, sensação de aperto ou pressão no peito, falta de ar, sudorese, náuseas, vômitos, tontura e desmaio.
No entanto, é importante destacar que nem todas as pessoas apresentam os mesmos sintomas. Isso porque enquanto a maioria dos homens sentem dor intensa no peito, as mulheres podem sentir apenas cansaço ou sinais semelhantes a uma crise de ansiedade.
Gláucia afirma também que muitos médicos não conseguem identificar corretamente o infarto nas mulheres.
Geralmente, as pessoas chegam no pronto-socorro com obstrução coronária. Só que existem muitas mulheres que têm um tipo diferente de enfarto, que a gente chama de ‘minoca’, em que há uma disfunção arterial igual a de um homem, mas sem a existência de uma placa aterosclerótica (placa de gordura que obstrui o vaso sanguíneo), disse Gláucia.
O diagnóstico de um infarto é realizado por meio de exames médicos, como eletrocardiograma (ECG), exames de sangue para verificar a presença de enzimas cardíacas e exames de imagem, como a angiografia coronariana.
Já o tratamento do infarto geralmente envolve a restauração do fluxo sanguíneo para o coração o mais rápido possível por meio de medicamentos ou cirurgia.
Grupos de risco para infarto
Existem alguns grupos de risco que têm maior probabilidade de desenvolver um infarto. São eles:
- Diabéticos;
- Grávidas;
- Hipertensos;
- Mulheres na menopausa;
- Obesos;
- Pessoas com histórico familiar de enfarto ou problema do coração;
- Pessoas que fazem uso de hormônios;
- Pessoas com estresse, ansiedade e depressão;
- Tabagistas.