ChatGPT e IA estão tomando o mercado de freelancers e preocupando contratantes
Nos últimos meses, é difícil encontrar alguém na internet que ainda não tenha ouvido falar do renomado ‘ChatGPT‘. Essa ferramenta inovadora é um revolucionário “chatbot” que utiliza a técnica de “Machine Learning” para aprender com cada interação de seus usuários, aprimorando sua precisão a cada dia.
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Logicamente, com uma tecnologia que permite uma conversa fluida e uma geração de textos maravilhosa, muitas pessoas começaram a utilizá-lo mais em seu dia a dia. Ainda que isso não seja um problema, afinal, foi para isso que o ChatGPT foi criado, para ser um assistente virtual.
No entanto, tem havido uma preocupação crescente com o abuso da capacidade da IA, assim como com a substituição de profissionais por robôs. Isso é especialmente evidente no campo da redação para revistas e trabalhos similares, onde o ChatGPT está gradualmente ocupando o lugar dos freelancers.
Para aqueles que não estão familiarizados com o termo, freelancers são profissionais que trabalham de forma independente, sem um vínculo contratual exclusivo, muitas vezes atendendo a múltiplas empresas.
A questão em destaque aqui é que, à medida que o ChatGPT se estabelece no mercado, os freelancers têm visto sua presença diminuir. Ao mesmo tempo, as empresas que costumavam contratar freelancers estão perdendo a confiança neles, temendo que seus trabalhos se tornem propriedade intelectual de terceiros.
O mercado internacional dos freelancers com a inclusão do ChatGPT
O site Upwork, sediado nos Estados Unidos, é uma plataforma onde empresários podem postar propostas de emprego que são respondidas por freelancers interessados.
De acordo com relatos de alguns clientes que utilizam a plataforma, devido à ausência de um sistema de detecção de IA, eles têm recebido centenas e até mesmo milhares de “currículos” que apresentam características indicativas de terem sido escritos pelo ChatGPT ou por algum outro modelo de IA.
Apesar de muitos clientes terem adotado o ChatGPT como um “membro” da equipe de sua empresa, devido à sua capacidade de desempenhar tarefas semelhantes às realizadas pelos freelancers, ainda existem aqueles que não têm interesse em adotar essa tecnologia, nem permitir que seus funcionários a utilizem. Um exemplo disso é o caso de Sean O’Dowd.
De acordo com O’Dowd:
“Se eu quisesse apenas a resposta básica no nível do ChatGPT, eu mesmo teria feito isso. Quando estou contratando alguém, procuro mais detalhes, mais profundidade e mais raciocínio do que o ChatGPT”.
Ou seja, ainda que a IA seja de fato muito boa para o auxílio de material criativo, é apenas isso que ela deve ser para muitos, um auxílio. Tanto freelancers quanto contratantes estão preocupados com o rumo que o desenvolvimento de IA’s está tomando para seus trabalhos.