Mesa do brasileiro deve ser um pouco mais farta em 2023 com redução no preço das carnes. Além da picanha, veja as outras que tiveram queda.
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O preço da carne bovina está entre os assuntos mais comentados do momento no Brasil, e não é para menos. Afinal, após uma alta significativa nos últimos anos, os preços finalmente começaram a cair.
De acordo com o IPCA, índice que mede a inflação no país, houve uma queda acumulada de 2,7% nos três primeiros meses do ano, e analistas projetam que esse número pode chegar a 5% até o final deste ano.
Mas o que tem causado essa queda nos preços? E o que podemos esperar para o setor de carnes nos próximos meses? E, principalmente, a picanha? Nós te mostramos!
Queda na carne
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De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a quantidade de carnes de boi, frango e porco disponíveis será de 20,77 milhões de toneladas em 2023, representando um aumento de 5% em relação ao ano anterior.
A maior oferta de carne é atribuída à queda nos preços dos grãos utilizados na alimentação dos animais, como soja e milho. Isso se deve à safra recorde desses produtos, o que diminuiu o custo de produção de carne.
Com o aumento da oferta, é esperada uma queda nos preços das carnes bovinas de até 5% este ano, de acordo com analistas da XP Investimentos e da consultoria Safras & Mercado.
Novo cenário
Nos últimos 4 anos, o preço médio dos cortes bovinos no Brasil aumentou quase 70%, e é improvável que volte ao patamar pré-pandemia tão cedo.
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No entanto, há uma boa notícia: a oferta de carne deve aumentar em 2023, o que ajudará a reduzir os preços.
O analista Fernando Iglesias, da consultoria Safras & Mercado, afirma que a queda nos preços da carne bovina não será muito acentuada, mas que o produto está mais acessível à população.
Além disso, as carnes de porco e frango também devem ficar mais baratas, pois o custo de produção dos animais diminuiu devido à queda no preço dos grãos que servem como alimentação. Analistas preveem que os preços dessas carnes caiam em torno de 10%.
A carne de picanha
Durante a campanha eleitoral de 2022, o presidente Lula (PT) destacou bastante a picanha, que teve uma pequena queda de preço de apenas 0,8% no acumulado do 1º trimestre de 2023 e registrou um aumento de 1,8% em 12 meses, de acordo com a XP.
De acordo com as projeções de Iglesias, da Safras e Mercado, em abril deste ano, a picanha no mercado atacadista de São Paulo tinha um valor entre R$ 60 e R$ 62 por quilo. Já nos supermercados e açougues, o preço para o consumidor final era em torno de R$ 80 por quilo.
O filé-mignon, por sua vez, foi o corte de carne que mais teve redução de preço em 2023, com uma queda de 6,5% no 1º trimestre, segundo a pesquisa da XP.
Segundo o levantamento realizado pela XP, a alcatra e o contrafilé apresentaram uma queda de preço acima da média da inflação, registrando uma redução de 4,5% e 3,7%, respectivamente.
Já o filé mignon acumula uma queda de quase 7% em um ano, enquanto o preço médio da carne teve uma redução de 3%.
Apesar disso, os preços não devem retornar aos patamares de 2018 ou 2019. No entanto, a carne deve estar mais acessível à população brasileira. Essa é a opinião de Fernando Iglesias.