Vídeo com profissional recriando sulcos de pneu viraliza, mas não é seguro. Saiba por quê!
Você sabe qual é a hora para trocar os pneus? E os cuidados na hora de escolher novos? Hoje nós te mostramos tudo o que você precisa saber!
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O vídeo viral que circula nas redes sociais mostra um profissional inadequado que tenta recriar os sulcos dos pneus de maneira artesanal, usando lâminas de uma máquina de corte.
Embora ele tente se guiar pelo desenho original dos pneus, isso é extremamente perigoso e não deve ser feito. Além disso, o cliente aparentemente não tem um histórico de manutenção adequada dos pneus, o que pode ser ainda mais prejudicial para a segurança e para o bolso.

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A calibragem correta é crucial para garantir que os pneus desgastem uniformemente. No vídeo, é possível ver que os sulcos nas bordas da banda de rodagem estão mais rasos do que os sulcos no centro, o que indica uma calibragem abaixo do recomendado.
Se o motorista estivesse usando uma calibragem excessiva, o centro dos pneus seria mais comprometido do que as bordas.
Esse tipo de gambiarra é completamente inseguro e ilegal. Há razões técnicas e legais para evitar esse tipo de procedimento em seus pneus, por isso é importante nunca tentar fazer isso por conta própria.
Cuidado com os pneus restaurados
O pneu recapado é aquele que passa por um processo de substituição da banda de rodagem. Já o recauchutado substitui, além da banda de rodagem, os ombros, e o remoldado substitui toda a superfície dos flancos.
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No entanto, a recapagem, recauchutagem e remoldagem de pneus de passeio, vans e camionetas são altamente desaconselhadas pela Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos (Anip) por diversas razões técnicas.
Uma delas é que os requisitos normativos não exigem a identificação da carcaça de origem do pneu remoldado, o que pode levar a uma mistura de carcaças diferentes em um mesmo eixo, gerando desequilíbrio no veículo.
Além disso, o processo de reforma de carcaças pode esconder danos nas lonas de corpo, cintas estabilizadoras e capplies, que podem se propagar em velocidades mais elevadas.
Outro problema é que a inspeção da carcaça é realizada de forma visual e com o pneu desmontado, o que pode não identificar danos causados por baixas pressões de inflação e impactos.
Além disso, a falta de rastreabilidade da carcaça dos pneus reaproveitados dificulta a identificação do número de vezes que ele foi remoldado e há quanto tempo está em uso.
Portanto, o consumidor pode acabar comprando um pneu que, apesar de parecer novo, foi remoldado a partir de uma carcaça que já rodou mais de 150.000 km em diversos anos de vida, ou cuja data de fabricação do pneu original é superior ao tempo máximo de vida recomendado.
Por todas essas razões, é recomendável que se evite a recapagem, recauchutagem e remoldagem de pneus de passeio, vans e camionetas.