Inacreditável! Diretor de teatro joga fora parte de seu acervo pessoal
Gerald Thomas, diretor e produtor brasileiro, jogou no lixo parte do seu acervo pessoal acumulado ao longo de 40 anos de carreira. As obras foram descartadas em uma caçamba de lixo em News Paltz, a 134 quilômetros de Nova York.
No último domingo (7), Thomas comentou o motivo pelo qual tomou essa decisão ao jornal Folha de São Paulo. No total, um quinto de seu acervo pessoal, com vídeos, fotografias e correspondências foram descartados.
“Todo mundo fica indignado e berra “COMO ASSIM? JOGAR FORA? NAAAAOOOO! GERALD !!!! NAO FAÇA ISSO ! ISSO é MUITO PRECIOSO. Mas ninguém faz nada. Minto. O Leandro Knopfholtz do Festival de Curitiba fez sim, por um ano: colaborou com mensalidades modestas e eu guardava metade num “storage” em Manhattan e o resto em casa”, comentou ele nas suas redes sociais.
Descarte de acervo pessoal
Thomas explicou que o motivo principal que levou isso acontecer era a falta de espaço. Segundo ele, os materiais ocupavam cerca de dois quartos cheios do local onde mora atualmente. Além disso, ele acrescentou que estava cansado da desorganização para manter o arquivo relacionado.
ESTOU ME DESFAZENDO DO MEU ACERVO depois de mil e uma confusões sobre compra e venda disso tudo, várias recusas, muita apatia, etc. São QUARENTA ANOS DE MEMÓRIA (e vivência) TEATRAL BRASILEIRA INTERNACIONAL INDO PRO LIXO. Desde Fernanda Montenegro, Sérgio Britto, Tonia Carrero, Bete, Heiner Mueller, Beckett (toda a correspondência, maquetes do show da Gal, Italo, Julian Beck, 20 óperas na Europa, 1.200 telas e desenhos, ilustrações, acrescentou ele.
Sérgio Britto, Marco Nanini, Ítalo Rossi, Ney Latorraca, Fernanda Torres e Bete Coelho fizeram parte da trajetória de Thomas no Brasil. Além desses atores, os gringos Julian Beck, Philip Glass e Ellen Stewart também tiveram vínculos com o diretor.
Ainda de acordo com o Folha de São Paulo, Thomas tentou vender todo seu acervo, mas nenhuma instituição brasileira se interessou.