Fraude? Técnica nega ter vacinado o ex-presidente, conforme consta no sistema
Na última quarta-feira, dia 3 de maio, um dos ex-membros do governo de Jair Bolsonaro foi preso. O ex-ajudante de ordens do ex-presidente, tenente-coronel Mauro Cid, teve a prisão preventiva autorizada pelo Supremo Tribunal Federal.
A ocorrência simultânea à busca e apreensão na residência do ex-presidente ocorreu devido a uma investigação da Polícia Federal sobre fraudes no sistema do Ministério da Saúde para inserção de dados falsos.
Toda essa investigação gira em torno da descoberta de dados fraudulentos nas carteiras de vacinação para a COVID-19 do ex-presidente Jair Bolsonaro, assim como de sua filha mais nova, Laura Bolsonaro, Mauro Cid, e sua esposa.
Além dos já citados, a PF com autorização do ministro Alexandre de Moraes do STF, cumpriu um total de 16 mandados de busca e apreensão, assim como, seis mandados de prisão preventivas. Em poucas horas o acontecimento já estava em todos os jornais do país e demais noticiários.
Sendo assim, rapidamente os profissionais da saúde que haviam sido cadastrados como responsáveis pela vacinação do ex-presidente foram a público.
O que disse a responsável pela vacinação do ex-presidente Bolsonaro?
Em entrevista para à ‘Revista Piauí’, a técnica de enfermagem Silvana de Oliveira Pereira afirmou que nunca vacinou o ex-presidente Jair Bolsonaro.
Ainda acrescentou que na realidade, na data divulgada, já não estava mais trabalhando com a aplicação de vacinas da COVID-19.
Além de Silvana, Diego da Silva Pires também foi cadastrado no sistema do Ministério da Saúde como responsável por uma das doses que o ex-presidente supostamente recebeu.
De acordo com a “Revista Piauí”, houve tentativas de contato com Diego, mas ele se recusou a fornecer informações alegando que não era médico, e posteriormente bloqueou o contato da revista.
No entanto, Diego e Silvana serão convocados pela Polícia Federal, sob ordem de Alexandre de Moraes, para prestar depoimento, apesar de não terem divulgado informações à “Revista Piauí”.
O ministro teria estabelecido um prazo de até cinco dias para que a PF recolha os depoimentos de ambos em relação ao caso.
Apesar de o caso ter ido a público, até o momento não há muitas revelações sobre as investigações. Porém, em declaração oficial a PF alegou o seguinte:
“Jair Bolsonaro, Mauro Cid e, possivelmente, Marcelo Câmara tinham plena ciência da inserção fraudulenta dos dados de vacinação, se quedando inertes em relação a tais fatos até o presente momento”.