Licença menstrual para todas: Empresa de SP adota medida inclusiva

Dor abdominal, dor de cabeça, alterações de humor e náusea são sintomas comuns do período menstrual. Os sintomas da menstruação podem variar de mulher para mulher e também podem variar a cada ciclo menstrual.

Kari Priester é uma das mulheres que acordam indispostas e com outros sintomas no período menstrual. No entanto, sempre que se sente muito mal, avisa sua chefe sobre a situação. Kari recebeu uma dispensa remunerada de dois dias devido os sintomas persistentes.

O Grupo Mol, conhecido pela produção de livros, revistas e jogos, é uma das empresas pioneiras no Brasil que concede a a licença menstrual. Entenda mais sobre a medida!

Licença menstrual

A licença menstrual é o termo utilizado para descrever a necessidade de uma licença médica ou afastamento do trabalho devido a sintomas graves associados ao período menstrual. Isso porque a menstruação pode causar diferentes níveis de desconforto e sintomas em cada mulher e que, em alguns casos, esses sintomas podem afetar significativamente a capacidade de trabalhar ou realizar outras atividades diárias.

No Grupo Mol, todos os meses, uma mulher do quadro de funcionários pode solicitar uma licença remunerada por até dois dias, sem a necessidade de ir até um médico. Essa iniciativa brasileira foi inspirada na legislação espanhola que foi aprovada por um placar apertado, sendo 185 votos a favor, 154 contra e 3 abstenções.

Roberta Faria, CEO da editora Mol, disse que não vê sentido uma pessoa trabalhar enquanto não está se sentindo bem.

Mesmo sabendo que menstruação não é uma doença, sabemos que os sintomas desse período podem atrapalhar a vida das mulheres. A licença menstrual gera um ambiente de trabalho mais saudável e igualitário, disse a CEO.

A questão da “licença menstrual” é controversa e pode gerar diferentes opiniões. Algumas empresas e empregadores podem se sentir desconfortáveis com a ideia de oferecer uma licença menstrual remunerada, pois podem considerar isso como uma perda de produtividade ou um custo adicional.

Além disso, pode haver também preocupações de que a licença menstrual possa ser explorada por alguns funcionários ou que possa gerar desequilíbrios na carga de trabalho entre homens e mulheres.

Para Kari, colaboradora do Grupo Mol, a medida deveria expandir.

Toda pessoa que menstrua sabe como esse período é complicado. Espero que sirva de exemplo para que todas as empresas no Brasil adotem a medida, disse a colaboradora.