Salário mínimo: Por que ele deveria ser mais alto do que você pensa
Segundo o Dieese, o salário mínimo para uma família com quatro membros, precisaria ser de mais de R$6.000, para uma vida com gastos fundamentais. Veja!
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O salário mínimo no Brasil é um tema que sempre gera discussões. O valor é reajustado anualmente e é de grande impacto na economia do país, já que uma expressiva parcela da população recebe remunerações muito próximas ao mínimo.
Em 2023, o novo valor do salário mínimo é de R$ 1.320,00, um aumento em relação ao ano anterior. Mas será que esse valor é suficiente para cobrir todas as despesas básicas de uma família?
Um estudo publicado pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) no final de abril indica que para suprir todas as necessidades básicas de uma família de quatro pessoas, incluindo despesas com alimentação, moradia, vestuário, educação, higiene, transporte, lazer e previdência, o salário mínimo necessário seria de R$ 6.575,30.
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O que o Dieese analisou?
O levantamento do Dieese também mostrou que 22,7 milhões de pessoas são diretamente impactadas pelo aumento do mínimo.
Além disso, outras 31,3 milhões são afetadas de forma indireta, totalizando 54 milhões de pessoas impactadas direta ou indiretamente pelo reajuste. Esse contingente representa 25,4% da população brasileira em 2021.
Apesar de estar longe do valor ideal apontado pelo Dieese, o aumento do benefício é uma medida importante para melhorar as condições de vida da população mais vulnerável do país.
O valor é aplicável a todos os trabalhadores do setor público e privado, assim como para aposentadorias e pensões.
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No entanto, é importante destacar que o valor do salário mínimo é corroído pela inflação. Em muitos casos, o trabalhador precisa gastar mais da metade do seu salário mínimo apenas para comprar uma cesta básica de alimentos.
Quem sai prejudicado com o salário mínimo?
O estudo do Dieese também destaca que o aumento do salário mínimo tem um impacto significativo na vida de milhões de trabalhadores, incluindo aqueles que trabalham informalmente, além de aposentados, pensionistas do INSS e aqueles que recebem benefícios assistenciais da Loas, como o Benefício de Prestação Continuada (BPC).
Além disso, o estudo aponta que há grupos indiretamente impactados, que são compostos por pessoas que vivem em lares onde pelo menos uma pessoa é diretamente afetada por seu reajuste.
Esses grupos incluem famílias com filhos em idade escolar e pessoas que dependem de serviços prestados por profissionais que recebem o salário mínimo, como os trabalhadores domésticos.
