Falta empatia? Saiba se as pessoas estão se tornando mais egoístas
No ano de 2015, um artigo científico que havia sido publicado por grupo de psicólogos no National Library of Medicine, teve muito impacto por mostrar uma grande dessensibilização emocional e fisiológica das pessoas, tanto para a vida real como também para o mundo do cinema.
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No artigo a seguir, abordaremos apenas esse efeito na vida real.
Observou-se que, aos 15 anos de idade, entre mais de 50 a 70% dos jovens revelaram ter presenciado algum ato de violência ou mesmo, ter sido agredidos ao longo da vida, com taxas que variavam de acordo com os tipos de violência.
O Center for Research Excellence, no ano de 2009, chegou à conclusão de que a maior parte dos jovens experimenta violência através da mídia, como televisão e/ou entretenimento, por meio de filmes e videogames.
A conclusão do estudo é que, em média, um jovem de 18 anos observa mais de 6 mil atos de violência na televisão e/ou no cinema dentro de um ano. O que é muito interessante nesse estudo, é a evidenciação do quanto os jovens e adultos são expostos a enormes quantidades de violência interpessoal.
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Com o passar de algum tempo, essa condição adaptativa (dessensibilização emocional e física) que possui o intuito de preservar um funcionamento equilibrado e saudável entre os jovens, diante de níveis imensos de violência cria uma maior tendência a comportamentos que sejam mais violentos, um nível maior de tolerância à violência e claro, relações interpessoais prejudicadas.
“A empatia é um alicerce da moralidade – para as pessoas seguirem a Regra de Ouro [ética da reciprocidade]. É também um ingrediente-chave de relacionamentos bem-sucedidos porque nos ajuda a entender as perspectivas, necessidades e intenções dos outros”, nas palavras da Greater Good Magazine.
Existem evidências que indicam uma base genética que sustenta a empatia, contudo, pesquisas nos levam a crer que as pessoas são capazes de melhorar, assim como também, restringir, as suas habilidades naturais de empatia, com o passar dos anos.
E é justamente esse fenômeno que pode estar acometendo uma grande parcela das pessoas, atualmente.
É bem plausível imaginar que a Geração Z (pessoas nascidas entre os anos de 1995 e 2010), estejam mais engajadas a respeito dos assuntos atuais, especialmente na conscientização da necessidade de tratamento para a saúde mental, que optem por abandonar a empatia com as pessoas que não possuam um maior compromisso para com seu autoaperfeiçoamento, como acontece com outras gerações anteriores.
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E talvez, por essa razão, a sociedade venha apresentando esses tropeços em seu próprio caminho.