Vilão ou mocinho? Saiba qual o papel do pão francês nas dietas para perder peso
O pãozinho francês tem a sua versatilidade e é quase irresistível com uma manteiguinha na chapa… Antes era algo pouco consumido pela exagero em calorias que ameaçavam quem queria cortar o carboidrato, atualmente é um alimento que faz parte do dia a dia dos que tentam emagrecer.
Nas redes sociais, receitas caseiras como pão com ovo ou com queijos saudáveis e outros frios são estimulados pelos profissionais da saúde, principalmente os que fazem da sua página na internet um meio de plataforma para dicas saudáveis.
O que dizem os profissionais da saúde sobre o pão francês
Profissionais da área de nutrição afirmam que é, sim, possível incluir o pão na dieta, desde que haja equilíbrio e moderação da parte de quem deseja um plano nutricional variado.
A nutricionista Luciana Labidel, diz que não existem empecilhos para a ingestão de pães na dieta, mas enfatiza que o mais aconselhável é fazer uma avaliação nutricional.
Ela afirma:
“Tudo depende muito da composição, da quantidade, da frequência com a qual o alimento é consumido”, afirma. “Na avaliação, costuma-se verificar os hábitos alimentares para adequar as quantidades de acordo com as necessidades nutricionais de cada indivíduo.”
É preciso levar em conta fatores como idade, estilo de vida, frequência da prática de atividade física, questões relacionadas a doenças são levadas em consideração quando o profissional vai avaliar a quantidade ideal de cada alimento, menciona Labidel.
“Se a pessoa costuma consumir três, quatro pães no dia, mas está com excesso de peso, alteração na glicemia, vamos orientá-la, por meio de um processo de reeducação, para que ela reduza a quantidade. Sempre com base na individualidade”, explica.
Segundo a profissional, o pão pode ser consumido mesmo em dietas de baixo consumo de carboidratos por ser uma fonte de energia, sobretudo para quem pratica atividades físicas.
A nutricionista Jamile Baptista recomenda, para quem já aderiu a um cardápio personalizado para emagrecimento, relacionar o pão a alguma outra proteína. Exemplos: queijo, carne, frango, atum, junto com alface e tomate, com o objetivo de elevar o valor nutricional do alimento.
Apesar de também não condenar o pão francês em tempos de dieta, Baptista aconselha a ingestão em dias alternados.
Há também a sugestão de substituição para os pães integrais, e nesse caso, os profissionais alertam para a necessidade de ler as composições no rótulo dos produtos, pois por muitas vezes não são, de fato, integrais.
Labidel completa:
“Os pães com farinha integral têm um benefício maior por causa da quantidade de fibras. Mas ela tem que ser o primeiro componente da lista de ingredientes. Senão, não é integral de fato. Ainda assim, tem que haver um consumo moderado”.
“Muitas vezes, quando observamos a composição, em vez de farinha integral, o primeiro item é farinha especial, que é apenas a farinha branca refinada”, pontua Baptista. “Às vezes, o segundo item é o açúcar. Como uma pessoa diabética vai comer esse pão?”, indaga.
Independente do estado, do nome ou como é preparado o pão francês, é necessário que ele seja consumido e preparado com moderação e sabedoria.