Na universidade Unimontes, em Montes Claros, no norte de Minas Gerais, um professor foi indiciado por assédio sexual contra suas próprias alunas. O professor em questão mantinha relações com as alunas com práticas de sadomasoquismo, e de acordo com ele, havia o consentimento das vítimas.
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Estas informações vieram à tona ontem (27), por meio da delegada Karine Maia, que está responsável pelo caso e faz parte da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam). O professor fazia parte do corpo docente do curso de História da universidade. Saiba mais detalhes sobre o caso, a seguir:
Veja todos os detalhes sobre o caso do professor que assediava sexualmente suas alunas em MG:
O caso começou a repercutir em outubro do ano passado, quando o professor foi afastado de suas atividades na universidade. Naquela época, as denúncias foram encaminhadas para Polícia Civil, que começou a tomar conta da investigação contra o acusado.
Nesta última sexta-feira (24), a Polícia Civil concluiu o inquérito sobre o caso e encaminhou para a Justiça. Segundo informações da delegada, o professor foi acusado cinco vezes de assédio sexual. Em duas destas acusações, ele foi acusado de tirar fotos ou registrar cenas de momentos íntimos de suas alunas.
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Além disso, uma das acusações contra o professor, diz respeito a importunação sexual. Segundo os relatos, estes assédios começaram a ocorrer entre os anos de 2019 e 2020 na universidade. Além disso, apesar de não possuir prática, o professor usava técnicas de hipnose para assediar suas alunas.
Além de fazer uso de técnicas de hipnose, o professor também fazia prática de BDSM (Bondage, Disciplina, Dominação, Submissão, Sadismo), que seria um “conjunto de práticas sexuais de natureza sadomasoquista que envolvem o domínio físico de um dos parceiros sobre o outro”.
De acordo com as informações da delegada, o acusado vendava, amarrava e amordaçava as alunas durante as práticas de BDSM. Segundo a delegada, o professor abordava as alunas oferecendo massagens relaxantes e sessões de hipnose. Segundo as vítimas, algumas sessões aconteceram na própria universidade.
No total, foram ouvidas 10 alunas e ex-alunas, que prestaram depoimentos contra o professor, durante a época de investigações. Em cinco relatos, houve a comprovação de práticas criminosas por parte do professor.
“Ele confirmou (que manteve) relações sexuais com algumas alunas, mas que foi sempre com o consentimento delas, inclusive, usando a prática de BDSM. (Também disse) que a prática envolve sadomasoquismo. Que ele pratica isso na vida sexual dele”, disse a delegada.
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