Recibo mostra que Bolsonaro recebeu mais joias além das da ex-primeira-dama
De acordo com o ministro das Minas e Energias Bento Albuquerque, será aberta uma investigação contra Bolsonaro. Confira o que pode acontecer!
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Um presente enviado pelo governo da Arábia Saudita ao ex-presidente Jair Bolsonaro foi entregue com sucesso à Presidência da República durante o seu mandato.
De acordo com informações, um recibo comprova que o presente saudita, que contém um relógio, uma caneta, duas abotoaduras, um anel e um rosário, foi incorporado ao acervo pessoal de Bolsonaro em novembro de 2022.
O pacote foi enviado após uma visita de comitiva brasileira ao país árabe em outubro daquele ano.
A marca Chopard, conhecida por produzir itens de luxo, foi a responsável pela criação dos presentes enviados pela Arábia Saudita.
O valor dos presentes não foi divulgado, mas a marca é famosa por seus produtos de preço elevado.
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Joias de Michelle Bolsonaro
Este episódio de presente bem-sucedido contrasta com a polêmica envolvendo as joias destinadas à ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, que ficaram retidas pela Receita Federal por supostas irregularidades na importação, e custavam cerca de R$ 16 milhões.

É importante lembrar que a Receita Federal é a responsável por fiscalizar a entrada de mercadorias no país, incluindo presentes recebidos por autoridades estrangeiras e seus familiares.
A legislação brasileira determina que presentes recebidos em função de cargos públicos devem ser entregues ao patrimônio da União e não podem ser incorporados ao patrimônio pessoal dos destinatários.
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No caso do presente destinado ao ex-presidente Bolsonaro, a entrega foi realizada com sucesso e a Presidência da República recebeu o estojo contendo os itens de luxo da marca Chopard.
Resumo do caso
As joias foram apreendidas no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, na mochila de um militar que acompanhava o então ministro das Minas e Energia, Bento Albuquerque, na comitiva presidencial durante a viagem ao Oriente Médio em outubro de 2021.
Após a apreensão, o ministro Albuquerque tentou usar sua posição para liberar as joias, alegando que se tratava de um presente do governo saudita para Michelle Bolsonaro.
No entanto, as joias foram retidas pela alfândega, pois no Brasil é obrigatório declarar qualquer bem que entre no país que passe de US$ 1 mil.
Nos últimos dois meses, houve quatro tentativas de Bolsonaro de reaver as joias, envolvendo três ministérios e militares.
A última tentativa ocorreu quando faltavam apenas três dias para ele deixar o mandato, quando um funcionário do governo pegou um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) e desembarcou no aeroporto de Guarulhos para retirar as joias.
Bento Albuquerque confirmou que as joias eram um presente para Michelle Bolsonaro, mas afirmou que desconhecia o conteúdo do estojo de joias.
Segundo ele, os itens passaram pela alfândega saudita e embarcaram em um voo comercial sem que ele e sua comitiva fossem questionados sobre o conteúdo dos presentes.
No momento da apreensão, Albuquerque afirmou que o conjunto de diamantes era destinado a Michelle Bolsonaro, e o relógio e outras coisas deveriam ser para o presidente.
Pronunciamento dos envolvidos
Esta notícia relata que a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro afirmou em seu Instagram que não sabia sobre as joias de diamantes avaliadas em R$ 16,5 milhões que o governo Bolsonaro tentou trazer ilegalmente para o Brasil.
O ex-presidente Jair Bolsonaro negou que tenha havido irregularidades na tentativa de trazer as joias, afirmando que não pediu nem recebeu o presente.
No entanto, o ministro da Justiça, Flávio Dino, anunciou que irá acionar a Polícia Federal para investigar a tentativa do governo de trazer ilegalmente as joias para o país, e afirmou que os fatos podem configurar crimes como descaminho, peculato e lavagem de dinheiro.