Um esquema de venda de corpos doados para fins científicos foi exposto no ano de 2014 no Arizona (EUA). Confira aqui!
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Nos séculos XVIII e XIX, a Europa foi vítima de escândalo com a prática de roubo de corpos. E não estamos falando de doação para estudos.
A prática era comum pois era considerada necessária para que acontecesse avanços na medicina. Os corpos roubados eram financiados pelas próprias universidades.
Atualmente, se uma história assim acontecesse, os autores seriam julgados e dependendo do local, até mortos.
Os especialistas só podem usar um corpo para estudo de anatomia, se o mesmo for doado ou se familiares autorizarem.
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Porém, no ano de 2014, um esquema veio à tona. Cadáveres doados ao Centro de Recursos Biológicos (CRB) dos Estados Unidos, foram vendidos para servirem de testagem militar, sem o consentimento dos falecidos ou famílias.

O que acontecia com os corpos?
Fundado em Phoenix (Arizona) e de propriedade de Stephen Gore, o objetivo do CRB era receber os corpos de pessoas que desejavam doar seus restos mortais para a ciência.
Um homem chamado Jim Stauffer decidiu doar os restos mortais de sua mãe, Dorris, ele até preencheu uma extensa papelada, proibindo o corpo dela de ser usado em qualquer experimento não médico.
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Porém, isso não foi um empecilho para o grupo vender os corpos para os militares do Exército dos EUA, deixando-os explodir em um teste de impacto de bomba na estrada e não devolvendo nada à família Stauffer, exceto as cinzas.
O CRB vendia cadáveres e partes de cadáveres sem o consentimento ou conhecimento das famílias dos falecidos há anos.
A empresa tinha um lucro médio de mais de US$ 5.000 por cadáver, e vendia só os torsos a US$ 3.000.
Impulsionado pelo alto poder de compra do governo dos Estados Unidos, Gore acelerou o comércio de cadáveres e expandiu sua indústria para incluir cadáveres que não morriam em condições saudáveis.
No aeroporto de Detroit, em Michigan, os carregadores de bagagem da Delta Air Lines, contataram a polícia depois de descobrir um vazamento de fluido de duas geladeiras.
Ao chegar ao local, as autoridades encontraram oito cabeças decepadas. O endereço na geladeira levou os agentes do FBI a Arthur Rathburn, um corretor de corpos que trabalhava para Gore.
Assim, o FBI iniciou a investigação do caso.
Pronunciamentos
Durante a operação, as autoridades relataram que viram montanhas de partes de cadáveres sem identificação na CRB.
O Exército disse que não fazia ideia do que estava acontecendo. Não sabia que os corpos estavam sendo comercializados sem consentimento.
De acordo com ele, os manequins de testes não são verdadeiros o suficiente para demonstrar feridas causadas por impactos e explosões.
Ao todo, foram 34 corpos usados sem permissão.