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O impacto do uso de telas na aquisição da linguagem em bebês e crianças

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É importante limitar do uso de telas para privilegiar o desenvolvimento da comunicação nas crianças.

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Por falta de informação sobre o desenvolvimento infantil, muitos pais acabam tomando atitudes que podem prejudicar o crescimento e aprendizado de seus bebês. Na correria do mundo moderno, a maioria dos genitores não consegue estar 100% disponível para a criança a todo tempo.

Para suprir essa ausência, ou mesmo para distrair, acalmar e entreter as crianças, uma das opções mais populares hoje em dia é o uso de aparelhos eletrônicos como tablets, celulares e televisão.

O uso de telas e os prejuízos à primeira infância

De acordo com Camila Guarnieri, fonoaudióloga e doutora na fala, esse hábito pode trazer consequências sérias:

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Muitos pais chegam ao consultório com queixas sobre atraso na fala, dificuldades de comunicação, mau uso da linguagem, entre outros desafios, associados a transtornos ou patologias. 

Porém, quando vamos investigar o estilo de vida da criança, entendemos os hábitos familiares estão associados ao mau uso das telas, influenciando diretamente nos costumes desenvolvidos.”

Na primeira infância, período entre o nascimento e os 2 anos de idade, as crianças vivem um momento de desenvolvimento acelerado dos sistemas cognitivos e motores. 

Devido a isso, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que as crianças até os dois anos não tenham contato com telas, pois isso pode causar atraso do desenvolvimento de diversas habilidades, como menciona a doutora Camila:

“Alguns dos problemas mais comuns apresentados pelo uso excessivo são: uso de vocabulário restrito, brincar restrito, principalmente o simbiótico (brincadeiras de faz de conta), dificuldade em se manter na mesma atividade quando há dificuldade, interferindo na aquisição de novas habilidades, dificuldades dialógicas, etc; e muitos deles causam impacto grande na vida dessas crianças e de suas famílias.”

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Além dos atrasos no desenvolvimento, o uso excessivo e precoce, de tais aparelhos pode ainda aumentar as chances do desenvolvimento de problemas como depressão e ansiedade.

Para fornecer aos pais a informação e as orientações necessárias, a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), criou uma tabela com as orientações sobre a exposição as telas. Conforme a SBP:

  • Bebês de até 2 anos não devem ter nenhum contato com telas;
  • As crianças pequenas, entre 2 e 5 anos, podem assistir (ou jogar) por até uma hora;
  • As mais crescidinhas, que tem idade entre  6 e 10 anos, podem usar os eletrônicos durante uma ou duas horas;
  • Para os pré-adolescentes, e os adolescentes, de 11 aos 18 anos, períodos maiores, entre duas e três horas são permitidos.

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