Dificuldades para conseguir o primeiro emprego: entenda o desafio que muitos jovens estão enfrentando
A taxa de desocupação entre pessoas com 18 aos 24 anos é maior que o dobro da média nacional. Os dados do IBGE mostram que o número ultrapassou os 19%. O resultado se dá por diversos obstáculos enfrentados por jovens na busca do primeiro emprego.
Encontra-se, portanto, dificuldades em comum. Tais como baixa autoestima, educação defasada durante o ensino médio, falta de apoio, pouco preparo para o mercado de trabalho e transtornos de ansiedade e depressão.
Talvez você também goste de ler:
Como conseguir o primeiro emprego depois dos 30 anos?
Demissão silenciosa e o movimento antitrabalho: entenda o impacto no mundo trabalhista
O cenário é drástico para jovens de baixa renda. Estes, em diversos casos, não possuem condições financeiras para transporte e internet, por exemplo. Outro empecilho que os jovens enfrentam é o estereótipo de que são imaturos, gerando falta de oportunidades para pessoas mais novas dentro de empresas.
A repórter Daniele do Nascimento Madureira, em uma publicação no Linkedin sobre o assunto, mostra como os jovens de baixa renda são os que mais sofrem com o desemprego no país.
“Como ganham pouco e não têm bagagem profissional, constituem uma mão de obra que pode ser rapidamente trocada (na visão da maioria absoluta dos empregadores)”, diz ela, constatando a desvalorização da capacidade profissional dos jovens.
Enquanto o desemprego no Brasil está abaixo de 9%, a faixa dos 18 aos 24 anos amarga 19% de ociosidade. Daniele completa sobre a expectativa que estes jovens possuem no início da jornada: “É gente que está começando a vida adulta agora, cheia de energia, de sonhos, de garra.”
A repórter contempla felicidade com a evolução de algumas instituições, como Aliança e Proa. Embora ainda seja um cenário incomum, ela comemora o pingo de esperança sob o contexto caótico.
Ela conclui: “Que bom saber que existem institutos sérios que pegam na mão desses jovens, ensinam o caminho das pedras do autoconhecimento, dizem a eles que são capazes, mesmo naqueles momentos de desespero, quando falta dinheiro para a condução ou para o almoço.”
A assessora de comunicação Joana Branco, que palestrou na Tomorrow Summit, também comentou sobre o assunto no Linkedin. Ela conta que, no evento, abordou a questão do emprego e futuro dos jovens.
Ansiando pelo amanhã, ela ressalta que brasileiros ainda enfrentarão muitos desafios pela frente: “A situação não é animadora, multiplicam-se as crises (climática, energética, habitacional, alimentar….) a incerteza e as dúvidas!”
Branco publicou alguns dados, confira-os:
– 85% das profissões em 2030 ainda são desconhecidas;
– A maioria dos jovens recebe o salário mínimo nacional no primeiro emprego, independentemente das competências;
– Somos o país da UE onde os filhos saem mais tarde de casa dos pais (ultrapassar Itália não é fácil);
– Temos uma taxa de desemprego jovem superior à média europeia.
Ambas as profissionais citadas ressaltam a dura realidade, colocando-a como um obstáculo perceptível de mudança. Portanto, esta deve ser convertida rapidamente, a fim de não acarretar em um cenário completamente negativo para o país.