A animação do final de semana, a busca por diversão e relaxamento, a maior circulação de carros nas ruas, a maior quantidade de bebida alcóolica ingerida pela população. Esses são alguns fatos que explicam porque sexta-feira é o dia da semana em que se registra maior número de acidentes de trânsito, seguido pelo sábado. Em terceiro lugar, vem a segunda-feira.
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Foi realizado um estudo pela empresa Zignet, em parceria com a Unicamp, com base em dados governamentais originários das secretarias de trânsito, do IBGE e do DETRAN, em que mostram que o dia que menos se registra acidentes é no domingo, já que a circulação de carros nas ruas é consideravelmente menor que nos outros dias.
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Não é muito difícil entender os dados acima. Segundo a instrutora da área de trânsito Anna Maria Garcia Prediger, em entrevista ao Portal do Trânsito, “sexta-feira é o dia de início da folga da maioria das pessoas. É nesse dia que o pessoal relaxa e que também ocorrem os encontros sociais, a balada, o happy hour, o barzinho, etc. Esse ‘relaxamento’ por si só já pode provocar a perda de atenção e do foco no trânsito”.
O consumo de álcool por motoristas é um dos principais causadores de acidentes no trânsito. Ainda que seja de conhecimento geral a proibição de ingerir bebidas alcóolicas e dirigir, essa regra não é respeitada por grande parte dos brasileiros.
“Essa droga, além de lícita, é altamente social, e nas rodas de amigos, acaba sendo quase uma exigência que todos a consumam. E muitas pessoas acabam bebendo, mesmo sabendo que é proibido para a condução de um veículo, por conta dessa pressão social”, relata Prediger.
Mais dados importantes sobre os acidentes de trânsito no Brasil
Ainda segundo a pesquisa realizada pela Zignet, a maioria dos acidentes ocorrem com automóveis (mais de 600 mil), seguido por motocicletas (mais de 200 mil), e caminhonetes (cerca de 100 mil).
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Há uma predominância de homens ao volante nos acidentes registrados, independente da faixa etária; mas também é possível observar que é mais frequente que os acidentes ocorram com pessoas entre 18 a 24 anos, e entre 40 e 49 anos, independente do gênero.
Entre os dados analisados, o tipo mais comum de acidente é a colisão (traseira e lateral), mas é importante mencionar que muitas das ocorrências informadas não apresentam a natureza do acidente.
A mesma coisa ocorre quando o assunto é a gravidade do acidente; mais de 600 mil ocorrências analisadas não apresentam essa informação.
O número de acidentes sem feridos alcançado na pesquisa é de 629 mil ocorrências, enquanto feridos com lesões leves apresenta cerca de 222 mil, lesões graves trazem a média de 80 mil, e óbitos, aproximadamente 20 mil ocorrências.
