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Demissão silenciosa e o movimento antitrabalho: entenda o impacto no mundo trabalhista

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A pandemia de covid-19 impactou nossas vidas de diversas maneiras. Ela assolou o planeta nos últimos dois anos e revolucionou o campo do trabalho. O isolamento social fez com que a maioria das empresas optasse, temporariamente, pelo trabalho remoto. Com isso, permitiu que funcionários realizassem suas atividades sem precisar sair de casa.

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Agora o mercado retorna à antiga rotina, graças às campanhas de vacinação e ao término do distanciamento social. O cenário pós pandêmico não é o mesmo para os colaboradores, que em muitos casos sentiram um baque em ter que retornar ao trabalho presencialmente após ter atuado à distância por tanto tempo.

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Situações como essas, somadas a outros fatores, resultaram em fenômenos como o “movimento antitrabalho” e a “demissão silenciosa”. Entenda-os nesta matéria.

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Pedidos de demissão aumentando

Um processo seletivo não é barato e encontrar profissionais qualificados se faz tão complicado. Não há dúvidas que empregados possam vir a pedir demissão quando estão insatisfeitos no ambiente de trabalho. Essa questão faz com que empregadores ao redor do mundo sintam cada vez mais os efeitos deste problema.

Todo o trâmite resulta na incidência de colaboradores pedindo demissão, deixando empresários e corporações em alerta. A taxa de pedidos de demissão nos Estados Unidos bateu recorde, pois em setembro de 2021, houve um número de 3%. Os números são resultado de um movimento chamado antitrabalho.

O movimento, também chamado de Grande Resignação, não é exclusivo dos EUA. Porém dados do Departamento de Estatísticas de Trabalho do país mostram números estrondosos. Entre maio e setembro do ano passado, cerca de 20,2 milhões de trabalhadores norte-americanos deixaram seus empregos.

Já no Brasil, o percentual de demissões voluntárias chegou a 35,7% em agosto deste ano, como exibido nos dados do CAGED (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados). Portanto, do total de 1.773.161 demissões registradas, 632.798 trabalhadores desligaram-se por vontade própria.

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A demissão silenciosa também ganha cada vez mais força e adeptos no mercado de trabalho. Se faz diferente da Grande Resignação, pois nela, o funcionário opta por outro caminho: não pede seu desligamento, e simplesmente passa a cumprir apenas o mínimo para continuar empregado.

Trabalhadores mais jovens evitam o burnout e priorizam “viver bem”, logo fortalecem a demissão silenciosa, que é contra a cultura workaholic. O termo “Trabalhe enquanto eles dorme” é repudiado pela tendência, pois engloba funcionários que não se distanciam do trabalho, vivendo em função do emprego.

Quem adere à demissão silenciosa não costuma trabalhar após o horário de expediente. Os quiet quitters, como também são chamados, evitam ler ou responder a e-mails e mensagens, até mesmo atender ligações.

Como os movimentos se relacionam?

Um lado mostra trabalhadores que optam por demitir-se, pois não se vêem desempenhando antigas funções do jeito tradicional. Diferenciando-se do outro, que mostra empregados entregando somente o mínimo requerido pela função, pois preferem equilibrar a vida pessoal e a profissional.

Embora a demissão silenciosa fortaleceu-se muito após o aumento recente do número de desligamentos voluntários, ambos casos têm a desmotivação como origem, seja ela com o emprego ou com o mercado de trabalho.

Quem se desliga voluntariamente está insatisfeito com as condições de trabalho e quando não se adapta ou enxerga mudanças a curto prazo, opta por abdicar da vaga extremamente desmotivado. Os quiet quitters optam por fazer apenas o básico, já que não têm motivação para trabalhar mais do que o necessário.

Em ambos casos de antitrabalho e da demissão silenciosa, o diálogo com demais funcionários é uma possível solução, principalmente os de hierarquia mais alta. Porém, os fenômenos se dão em parte pelo fato de funcionários sentirem que não é possível dialogar com seus superiores, em muitos dos casos.

É preciso driblar o problema em questão criando canais que possibilitem esta conversa nas organizações. Possibilitando, assim, troca de informações e experiências em todos os níveis hierárquicos, buscando equilíbrio no mundo corporativo.

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