Idosa é manipulada por familiar para votar em um candidato diferente de quem ela queria
Na cidade de Nova Olinda, no Tocantins, uma idosa foi coagida por seu acompanhante a votar em um candidato diferente da sua escolha.
Segundo o TSE (Tribunal Superior Eleitoral), quando indispensável, o idoso pode contar com o auxílio de um acompanhante de sua confiança. Mas para essa senhora, a presença do acompanhante acabou interferindo no seu voto.
De acordo com o vídeo divulgado pelo próprio acompanhante nas redes sociais, o homem tentava convencer a senhora a votar no atual presidente, e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro, enquanto a idosa reafirmava sua intenção de eleger o candidato do PT, Lula.
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No primeiro momento, a conversa acontece durante uma caminhada, a segunda parte do vídeo exibe a dupla, já em frente a urna, e é possível ouvir o homem orientando a senhora a apertar duas vezes a tecla 2, formando assim o número do candidato do Partido Liberal (PL).
Ao fim do vídeo, o homem conclui dizendo: “Pronto, votou no Lula!”
O caso foi filmado e postado pelo homem, e gerou críticas por parte de outros usuários, o que não afetou a consciência do homem, que alegou:
“Quando você tiver sua mãe, sua avó, você pode falar alguma coisa. Essa aqui é minha, quem cuida dela é eu. Faço o que eu quiser com ela”.
O caso está sendo apurado, e o homem pode responder por quebrar o sigilo eleitoral, ao entrar com um celular na área de votação filmar e postar o voto da idosa, e por manipular a senhora na hora de registrar o seu voto.
Quebra de sigilo eleitoral
A atual legislação proíbe o uso de dispositivos eletrônicos na área de votação, podendo render uma pena de até 2 anos de prisão para quem desobedecer a regra. Mas essa proibição, que visa manter o sigilo eleitoral, não foi o suficiente para inibir as gravações em frente às urnas.
Só no estado do Tocantins, até as 16 horas do domingo eleitoral (30), 7 casos de quebra de sigilo já haviam sido denunciados.
Em um dos casos, dessa vez na cidade de Brejinho de Nazaré, um vídeo mostra uma criança digitando o número 22 no teclado da urna, enquanto o responsável fala que até uma criança de 6 anos sabe o que é bom para o país.