A notícia foi divulgada nas redes sociais por sua filha, Julia, de 16 anos. Susana ficou internada nas últimas semanas devido a intensa quimioterapia. A repórter catarinense marcou o jornalismo carioca e fez história na Rede Globo.
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Na noite desta terça-feira (25), cariocas, fãs e familiares sofreram com uma notícia triste sobre a morte de Susana Naspolini. A repórter estava internada em São Paulo há mais de uma semana, enfrentando seu quinto câncer. Entretanto, a batalha foi perdida.
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Sua filha Julia Naspolini, de apenas 16 anos, divulgou no perfil da mãe a notícia:
“Oi, amigos, Julia aqui. É com o coração doendo que venho contar pra vocês que a mamãe não está mais com a gente. Ela lutou muito, nossa guerreira! Agradeço muito pelas orações, muito mesmo, muito obrigada, mas infelizmente não deu.”
A jornalista da Rede Globo foi diagnosticada com um câncer em fase de metástase no osso da bacia, que acabou por se espalhar por diversos órgãos. Passou oito dias internada no Rio de Janeiro, em virtude de uma infecção e imunidade baixa no mês de Setembro. Na semana passada, Julia postou um vídeo explicando a situação, que era considerada gravíssima pelos médicos, também no perfil da mãe.
A filha da jornalista esclareceu através de um vídeo publicado no Instagram o quadro passado pelos médicos que a avaliaram: “Ela estava com metástase no osso da bacia que já tinha se espalhado para a medula óssea desde julho. Então, ela vinha com uma quimioterapia mais forte, que fez ela perder o cabelo. Mas a metástase se espalhou por vários outros órgãos, entre eles o fígado.”
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A jovem contou que o fígado da mãe estava muito comprometido e que seu médico também não sabia mais o que fazer. Portanto, Julia veio a público pedir orações, sendo o que a mãe mais tinha crença, devido ao seu estado gravíssimo. A equipe médica também não sabia se teria algo a mais para ser feito.
Susana estava na sua quinta batalha contra o câncer
Ela revelou em março deste ano que estava lutando contra o câncer pela quinta vez. Devido a gravidade da doença, precisou fazer uma quimioterapia venosa, pois não estava regredindo com o tratamento via oral.
Já em agosto, entrevistada pela Revista Quem, falou sobre o tratamento da doença, que depende exclusivamente de resultados dos exames:
“Meu médico está monitorando e faço PET-Scan mais ou menos a cada três ciclos, que são seis aplicações de quimioterapia. A cada três meses, dá para dizer que faço um Pet-Scan para ver como é que a doença está. Aí meu médico que determina para que lado o tratamento vai caminhar”.
Susana recebeu o primeiro diagnóstico de câncer aos 18 anos. O tratamento de um linfoma durou cerca de um ano, obtendo sucesso na recuperação, que ocorreu antes do início da carreira no jornalismo.
Outro momento marcante na vida da família Naspolini durante o enfrentamento do câncer foi a perda de cabelo. Um vídeo no Instagram mostra Susana pedindo ajuda a Julia para cortar e raspar seu cabelo.
“Eu tinha 18 anos e estava diante de uma doença que ninguém falava. Hoje em dia a careca para mim é aquilo… Eu queria ficar careca? Eu estou me achando linda careca? Não, me prefiro com meu cabelo. Não queria ter perdido cabelo, lógico. Mas eu consigo entender hoje em dia que é uma coisa muito pequena perto do dom da vida, de querer viver, de querer criar minha filha.”, contou Susana.
Susana revolucionou a comunicação jornalística e era conhecida pelo carisma na hora de informar
Nascida em Criciúma, cidade de Santa Catarina, Susana Dal Farra Naspolini Torres integrou o Grupo Globo desde 2002. Formou-se em jornalismo pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e se mudou para o Rio de Janeiro. Na cidade, fez curso de teatro no Tablado, uma das escolas de arte mais tradicionais do Brasil.
Sua experiência como atriz deu à jornalista um carisma que renovou os telejornais cariocas da Rede Globo. Com aparições nos programas RJ1, Bom Dia Rio e RJTV.
Através do RJ Móvel, ela criou um laço inimaginável com os cariocas:
“Os moradores me contam os dramas e criamos juntos as situações. É minha obrigação saber o que dá ou não para fazer ao vivo. Se não conseguem andar de bicicleta, eu preciso mostrar isso. Se o morador coloca saco plástico no pé para passar pelo esgoto, vou botar também.”
Homenagens de amigos, colegas de trabalho, fãs e cariocas
Renata Vasconcellos e William Bonner demonstraram-se muito abalados pela morte da colega de profissão. Renata foi responsável por fazer a chamada da reportagem especial no encerramento do jornal ao homenagear Susana:
“O jornalismo perdeu hoje uma das profissionais mais talentosas, comunicativas e queridas do Rio de Janeiro. Depois de uma longa batalha contra o câncer, morreu a repórter Susana Naspolini”.
Logo após, não conseguiu conter as lágrimas e Bonner encerrou o Jornal Nacional. Também abalado, encerrou o programa com um “Até amanhã” e assim subiram os créditos sem a tradicional trilha sonora, em respeito e luto a Susana.
Mais colegas de profissão se emocionaram ao falar da batalha que Susana enfrentava. Ana Maria falou no programa Mais Você:
“Foi com a mesma garra que ela enfrentou um câncer, o quinto, por sinal, sem nunca deixar de trabalhar ou ter esperança. [Ela] me ensinou muito. Quem mora no Rio de Janeiro, e eu morei lá por 12 anos e tive a oportunidade de estar mais perto dela, ela estava diariamente nas edições locais.”
A importância do trabalho da repórter foi lembrado e tomou conta das redes sociais.

O carinho dos cariocas vem com homenagens que merecem destaque à carreira de Susana.
