2º turno definido entre Lula e Bolsonaro: disputa acirrada à presidência da República do Brasil
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o atual presidente Jair Bolsonaro (PL) continuam na disputa pela presidência da República após porcentagens bastante próximas no 1º turno. A segunda etapa das Eleições 2022 acontece no próximo dia 30 de outubro.
Lula foi o mais votado neste domingo (2). O candidato do PT (Partido dos Trabalhadores) obteve 54.887.668 dos votos válidos, contabilizando 47,85%. Para ser eleito logo no primeiro turno, o ex-presidente precisava ter recebido 50% dos votos válidos mais um, e não atingiu essa margem.
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O atual presidente, Jair Bolsonaro recebeu 50.117.086 votos dos brasileiros nestas eleições e ficou na segunda posição. Ele contabilizou 43,70%.
Confira as colocações dos candidatos à presidência da República na atual eleição:
- Lula (PT): 47,88%
- Jair Bolsonaro (PL): 43,68%
- Simone Tebet (MDB): 4,21%
- Ciro Gomes (PDT): 3,05%
- Soraya Thronicke (UB): 0,51%
- Luiz Felipe D’Ávila (Novo): 0,48%
- Padre Kelmon (PTB): 0,07%
- Léo Péricles (UP): 0,05%
- Sofia Manzano (PCB): 0,04%
- Vera Lúcia (PSTU): 0,02%
- Eymael (DC): 0,01%
O percurso dos candidatos:
Luiz Inácio Lula da Silva, pernambucano de 77 anos, foi presidente da República entre os anos de 2003 e 2010 pelo Partido dos Trabalhadores, e foi sucedido por Dilma Rousseff, do mesmo partido. Antes de ser eleito, Lula ajudou a fundar o PT, foi deputado federal e concorreu à presidência em 1989, 1994 e 1998, porém, sem sucesso. Antes de entrar na política, foi metalúrgico e líder sindical.
Seu governo foi marcado pela implantação de programas sociais que ficaram famosos, como o Bolsa Família e o FIES, deixando o cargo com alta popularidade, valorizando especialmente a parcela mais pobre da população.
No outro lado da moeda, sua gestão também ficou marcada por escândalos de corrupção. O “Mensalão”, esquema que ficou conhecido internacionalmente, no qual líderes do partido usavam doações de campanha para pagar propina. O “Petrolão”, outro grande escândalo do petista, descoberto pela operação Lava Jato. Lula foi preso em 2018 e ficou encarcerado por 580 dias, sendo solto no ano seguinte.
Agora livre e apto a concorrer às Eleições de 2022, Lula se tornou o principal nome da oposição para derrotar o atual presidente da República, Jair Bolsonaro, visto como única opção entre as lideranças partidárias. O início de sua campanha teve tom ameno, buscando ampliar parcerias com diferentes espectros políticos, objetivando o fim do bolsonarismo. Nesta direção, absorveu Geraldo Alckmin como seu candidato a vice.
Nos debates com candidatos à presidência, o petista defendeu-se contra o tema corrupção, fator que o fez ser bastante atacado pelos adversários. No último encontro, realizado pela Globo no último dia 29, utilizou um tom mais firme na campanha. O candidato apareceu à frente da maioria das pesquisas eleitorais em praticamente toda a campanha, oscilando entre decidir o pleito no primeiro ou segundo turno. Já Bolsonaro, apareceu sempre em segundo lugar.
Jair Messias Bolsonaro, atualmente filiado ao PL (Partido Liberal) tem 67 anos e foi eleito para o primeiro mandato como presidente em 2018. Antes da presidência, foi vereador da cidade do Rio de Janeiro por um mandato e também deputado federal pelo estado do Rio de Janeiro por seis mandatos, e anteriormente, foi militar do Exército Brasileiro.
Seu mandato, ainda em curso, foi marcado por polêmicas, como a flexibilização da compra de armas, aproximação com políticos do Centrão e ataques aos ministros do Supremo Tribunal Federal. Durante a pandemia, Bolsonaro causou muitas polêmicas, atacando as orientações dadas pela Organização Mundial de Saúde e da comunidade científica, defendendo medicamentos comprovadamente ineficazes contra a Covid-19 e desincentivando a população a se vacinar.
Na campanha deste ano, Bolsonaro adotou um posicionamento contrário ao retorno do ex-presidente Lula como candidato e adversário, se apoiando massivamente nos antigos casos de corrupção ligados ao petista. Ele, inclusive, teve ideias corroboradas por Ciro Gomes, 4ª candidato na colocação, que para muitos eleitores era a esperança entre a disputa Lula X Bolsonaro.
Escândalos também marcaram seus anos na presidência, especialmente os ligados à sua família. A primeira-dama, Michelle Bolsonaro, esteve envolvida em uma polêmica sobre o suposto recebimento de cheques do ex-assessor Fabrício Queiroz, e sua família foi acusada de comprar 51 imóveis com dinheiro vivo. Nos debates eleitorais, Bolsonaro manteve o tom crítico a Lula e à esquerda, reforçando pautas conservadoras para falar com seu eleitorado.
Separe seu título de eleitor, aplicativo e-título e/ou outros documentos essenciais para votar no 2º turno no domingo, 30 de outubro.
Confira nossa matéria sobre o que está permitido e proibido no dia de votação.